Luanda - A decisão do governo angola de impor um imposto sobre transacções em divisas está a causar alguma preocupação entre especialistas económicos que contudo manifestam ao mesmo tempo confiança na economia angolana.

*Arão Ndipa
Fonte: VOA

Moeda.jpg - 57.63 KBAo mesmo tempo contudo um sociólogo criticou o modo como o governo comunicou ao país a crise afirmando que que isso causou mais alarme do que era necessário.

O bancários Jorge Veigas disse que o novo imposto poderá afastar investidores estrangeiros.

Angola, disse, “precisa de captar investimentos, recrutar bons quadros e isso pode ser um travão”.

Contudo sublinhou a necessidade de se aguardar pelos pormenores da lei que ainda não foram revelados pelo governo que “está a trabalhar no bom sentido”

Veiga disse por outro lado que as instituições bancárias angolanas estão em boa situação com centenas de milhões de dólares em investimentos e financiamento e com capacidade de continuar a conceder empréstimos para diversos projectos

O economista José Severino disse que a taxa sobre as operações cambiais servirá na pratica como uma desvalorização do Kwanza e avisou que algumas empresas poderão subitamente deparar com problemas par ao pagamento de contractos já efectuados e em que o imposto não foi levado em conta.

O jornal Expansão disse recentemente que as autoridades estavam a considerar uma taxa de entre 15% e 18%

Severino disse que contractos assinados têm que ser honrados e quem assinou contractos a serem pagos mais tarde vão ter agora que acrescentar 15 ou 18 por cento a esse contracto se se confirmar a percentagem do imposto.

Severino, que é também presidente dos industriais de Angola manifestou-se também optimista quanto o futuro imediato de dopais.

“O sector petrolífero vai recuperar e a economia real continua a crescer”, disse.

O sociólogo Celso Malavoloneke disse que há “um exagero” em como está a ser vista a situação económica de Angola e culpou o executivo pelo modo como lidou publicamente com a questão.

“Foi tudo mal feito do ponto de vista de comunicação a começar pela comunicação do presidente da republica”, disse afirmando eu o presidente “nunca deveria ter sido o primeiro a comunicar” as dificuldades a que o país faz face.