Luanda – Altos funcionários do Tribunal Provincial de Luanda (TPL), revelam que o grupo de três juízes que acompanha o processo de Isaías Cassule e Alves Kamulingue, estará a ser objecto de pressões de uma corrente do regime com vista a condenar o réu António Gamboa Vieira Lopes, como autor moral das execusoes dos dois activistas falecidos em Maio de 2012. O Ministério Publico foi a primeira entidade a pedir abertamente a condenação.
Fonte: Club-k.net
Para ocultar verdadeiros mandantes do crime
De acordo com a denuncia “caso o juiz Baltazar condene o reu António Gamboa Vieira Lopes, sem nenhum fundamento jurídico estará incorrer ao erro judiciário, segundo os jurisconsulto do país, uma vez que não se provou em tribunal que o mesmo é o autor moral ou seja o mandante dos assassinatos”.
Apesar não se ter encontrado provas matérias de que foi o antigo delegado do SINSE, de Luanda, a ordenar o assassinato de Alves Kamulingue, a pressão aos juízes para condena-lo é destinada a proteger a identidade dos verdadeiros mandantes do crime cometido pelos agentes da Policia de Investigação de Luanda.
De acordo com as mesmas fontes (junto aos funcionários do TPL), a pressão que se exerce sobre o grupo do juiz Carlos Baltazar, orienta também a atribuição de indeminizações das vitimas aos condenados para não vincular responsabilidade ao Estado.
Na visão dos funcionários do TPL, o grupo de juízes revela-se indeciso entre cumprir a orientação do “poder político” e ter benefícios pessoais ou agir de consciência livre e depois enfrentare problemas.
Há informações indicando que uma ala do Tribunal de Luanda, sugere mesmo que o grupo de juíz deve condenar o ex-delegado do SINSE, conforme as orientações superiores para que depois o Tribunal Supremo se pronuncie.