Huambo – Após ter perdido o direito de realizar as suas actividades religiosas na província da Huíla, em Novembro último, a direcção da Josafat voltou novamente – há escassas semanas – a ver as portas das suas igrejas a serem encerradas no Huambo pela direcção provincial da Cultura, juntamente com as outras 16 instituições do mesmo carácter social. 

             Realizavam cultos ilegalmente
Fonte: Club-k.net
Igreja.jpg - 104.82 KBDentre as seitas, ou melhor, igrejas encerradas constam igualmente Nova Jerusalém, Cura Divina, Cristã do 7º dia luz do mundo, Ministério Aleluia, Apostólica de Angola, Pentecostal Unida, Missão Evangélica de Deus, Evangélica do Espírito Santo de Deus, Cristo da Salvação, Pentecostal, Morija, Missionária Internacional dos Adventistas do 7º dia de reforma, Comunicado Profética de Jesus Cristo no Mundo, Evangélica Cristo Vos Chama, Evangélica Golgota em Angola e União das igrejas do Espírito Santo.

Em declarações prestadas nesta quinta-feira, 02 de Abril, à imprensa, o director da Cultura, Pedro Nambongue Chissanga, justificou que a medida insere-se nas acções que visam combater a proliferação de denominações religiosas, muitas delas com práticas que contrariam a lei angolana, além dos hábitos, costumes e cultura do povo.

O mesmo explicou que apesar da laicidade do Estado angolano, por reconhecer e respeitar as diferentes confissões religiosas, qualquer actividade que estas realizam em território nacional deve ser legal.

O responsável admitiu existirem, nesta província, diversas denominações a realizarem cultos clandestinamente, por não estarem legais, tendo prometido que os seus lideres poderão vir a ser responsabilizados criminalmente, caso sejam descobertos os locais de reunião.

O problema da proliferação de igrejas, segundo Pedro Nambongue Chissanga, é demasiado complexo e apelou os cidadãos a colaborarem com a equipa de fiscalização, denunciando a existência de confissões ilegais nas comunidades.

Disse que a direcção da cultura recebeu, desde o ano passado, 500 pedidos de legalização de igrejas, que estão a ser analisados pelos ministérios da Cultura e da Justiça e dos Direitos Humanos. Enquanto não forem autorizadas, explicou o responsável, estas igrejas estão proibidas de realizarem cultos, em obediência à lei angolana.

De realçar que a quando da “expulsão” da igreja Josafat a Huíla, o Ministério da Cultura assegurou que a denominada Josafat é uma instituição religiosa não reconhecida pelo Estado Angolano e resulta da Maná Igreja de Angola, extinta pelo Estado Angolano, através do Decreto Executivo 6/8 de 25 de Janeiro.

“Constata-se que o Património da extinta Igreja Maná Cristã tem vindo a ser utilizado pela Igreja Josafat, para a realização das suas actividades”, acresce. O Ministério da Cultura apela a todos os crentes a pautarem a sua postura no sentido da garantia da paz e da harmonia social e a respeitar os órgãos do Estado.