Lisboa - As famílias de Vasconcelos Magalhães, o cidadão que está detido por ter sido confundido por um suposto burlador de nome Pedro Baka Armando, voltaram a reagir pedindo ao Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa (na foto), “no sentido de fiscalizar o processo em causa, por tudo indicar que  o mesmo está totalmente viciado, em detrimento dos direitos do arguido”.

Fonte: Club-k.net 

"A referida titular não goza de boa reputação"

Os mesmos levantam  suspeitas  a cerca da conduta da Procuradora da Samba, Cláudia Piedade, a responsável  desta "confusão",   conforme pode se ler na exposição enviada a nossa redacção.  

“Após a detenção no dia 10 de Março de 2015, do arguido Vasconcelos Magalhães, a família desde encetou vários contactos junto do comando da divisão de Policia da Samba, tendo apurado que por orientação expressa da Procuradora Cláudia Piedade, adstrita este comando, dirigida a sua subordinada Dra. Maria Natália, para tratar do processo de forma restrita sem dar grandes possibilidades de acesso ao instrutor do processo, junto da procuradora, quando, os órgãos de investigação consideravam não existirem razões para manter a detenção do arguido, por inexistência de provas documentais e testemunhais.

Apurou-se também que a referida titular não goza de boa reputação devido as irregularidades que tem sido constatadas e a sua interferência em outras jurisdições para benefícios particular, situação esta que tem deixado despontados muitos dos seus colaboradores.

No dia 20 de Março, o processo foi remetido a DPIC (processo actual no 2156/15), com recomendações expressas, de forma a impedir qualquer tentativa de soltar o arguido.

Face a este vaivém, a família do arguido encontra-se agastada e pede justiça na base do código penal angolano, cujo suporte assenta o principio de “investigar para prender e não prender para investigar”. O constrangimento da família deve-se também  ao facto de o arguido desconhecer totalmente o assunto de que é acusado e o próprio queixoso nas suas declarações dá a entender esta situação, presumindo apenas que o arguido embora não seja envolvido, conheça a rede do burlador.

Segundo a mãe do queixoso tem declarado em diversas ocasiões que devido as suas influencias junto do Ministério Publico, o arguido não poderá sair em liberdade, enquanto não devolver os seus valores monetários.

Esta situação considerada anómala para a família Vasconcelos e não só mas também ao ordenamento jurídico – penal angolano, ligado as incongruências sistemáticas dos respectivos magistrados, leva-os apelar ao Digníssimo Procurador-Geral da República, no sentido de fiscalizar o processo em causa, por tudo indicar que  o mesmo está totalmente viciado, em detrimento dos direitos dos arguidos.”

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