Lisboa - A extensão da Petrolífera Britânica BP, em Angola está a ser suspeita em meios governamentais em Luanda como tendo ludibriado o ministério dos petróleos e do Trabalho deste país com as praticas de lançar cidadãos nacionais para a pobreza (desemprego) através de despedimentos forçados.

Fonte: Club-k.net

Através de uma carta enviada ao MAPESS, a BP-Angola comunicou as autoridades angolanas que estaria a reduzir actividade e que levaria ao despedimento de 70 quadros entre expatriados e nacionais, este ano. Comunicou também que os referidos despedimentos eram baseados num acordo mútuo com os visados.

 

De acordo com realidades da situação, a BP-Angola estará, a agir em sentido oposto ao que comunicou ao governo angolano. O numero de despedimentos é superior ao que comunicaram e o referido acordo mútuos é na realidade, uma proposta descrita como “eivada de má-fé”, deixando as vezes os visados numa situação sem alternativa ou de desvantagem. Para além dos salários adiantados, eles oferecem um extra ao trabalhador com o compromisso de nao denunciar a sua situação ao órgão competente, conforme determina a lei geral de Trabalho em Angola.

 

Em Março passado, foram despedidos 5 quadros do departamento de compras da BP-Angola. No dia 30 de Abril despediram outros 25. Há informação de que tomaram igualmente uma “decisão irreversível” destinada a despedir cerca de 50 quadros em Dezembro do corrente ano. No seu todo a BP deverá atirar ao desemprego cerca de 140 quadros ao contrários dos 70 que comunicaram formalmente ao governo angolano.

 

A principal interlocutora da BP-Angola com as autoridades (MAPESS), é a lusa-angolana, Maria Campos (na foto), a Vice-Presidente da empresa que tem a pasta dos recursos humanos.

 

Apesar da BP-Angola alegar no seu discurso oficial que estão comprometidos com o processo de angolanização, sectores em Luanda, notam contradição, por a mesma estar a enveredar por despedimento colectivos de angolanos inclusive formados e com experiencia com a BP-Internacional. Outra contradição a volta desta petrolífera é que a mesma está a fazer despedimentos colectivos mas ao mesmo tempo coloca anúncios no Jornal de Angola anunciando recrutamento para novos quadros.

 

De acordo com leituras pertinentes, a BP estará a recrutar novos quadros sem experiencia em detrimentos dos já experimentados, porque com os novos ingressados, a empresa oferece um salário inferior, aos recém depedidos.