Lisboa –   De acordo com fontes habilitadas, o Chefe do Serviços de Inteligência e Segurança Militar (SISM) general António José Maria, 72 anos de idade, terá manifestado indisposição ( entenda-se recusa) de passar a reforma compulsiva no processo previsto para Agosto do próximo mês em que o Presidente Jose Eduardo dos Santos tenciona mandar para casa altas patentes das FAA com idade superior a 60 anos.

Fonte: Club-k.net 

Precisa de mais algum tempo no activo 

A apologia atribuída a referida “recusa” é de que ainda precisa de mais algum tempo no activo para concluir as investigações de uma suposta tentativa de “golpe de Estado” contra o comandante-em-chefe das FAA, José Eduardo dos Santos, da qual resultou na detenção de 15 jovens.

 

No passado dia 30 de Junho, os seus homens prenderam um capitão das FAA, Zenóbio Lázaro Muhondo Zumba, de 34 anos de idade, apos terem descoberto que é colega de Universidade de um oficial da força aérea angolana, Osvaldo Caholo que se encontra no grupo dos jovens detidos.  

 

Há também a informação de que o mesmo encontra-se engajado num trabalho sobre os feitos do Presidente JES na batalha do Kuito Kuanavale e Mavinga da qual resultara a publicação de um livro.

General entra no negocio de exploração de madeira

 

Por outro lado, fontes que acompanham a trajetória militar do general António José Maria, entendem que a sua indisposição em passar para reforma, esteja associada a um “ambicioso” negocio de exploração de madeira em Cabinda que ele esta prestes a desenvolver.

 

De acordo com explicações, o general teria apresentado ao Presidente Jose Eduardo dos Santos a proposta do negocio de exploração de madeira em Cabinda sob alegação de que traria receitas para a secreta militar. A exploração seria feita através de uma empresa privada, Mabaia conotada aos seus interesses.

 

Paralelamente, o general teria também solicitado ao PR, abertura, em Cabinda, de uma via de patrulhamento militar, (operativa circular) que iria da zona de Miconji até ao sul da província.

 

O gabinete presidencial, objectou a proposta de abertura de uma “operativa circular” para patrulhamento suscitando suspeitas de que o objetivo principal seria para facilitar no processo de exploração de madeira. Como contraproposta foi sugerido ao general Zé Maria que a abertura de de uma concessão para que ele possa explorar normalmente a madeira sem que se crie a pretensa “operativa circular”.

 

Por estar no inicio do negócio de exploração de madeira, em Cabinda, fontes que acompanham o processo suspeitam que ele nunca iria aceitar a passagem a reforma sem antes concluir o processo do referido negócio.

 

Governo de Cabinda entrega  concessão a antigo adversário de Zé Maria

 

No seguimento de diligencias foi notado que a concessão que o governo de Cabinda teria já facilitado a referida concessão de exploração de madeira, a um outro general na reserva, António Francisco Catembo “Tony” com que o general Jose Maria teve divergência no passado. O general “Tony” Catembo que contraiu matrimonio com a governadora de Cabinda foi quadro da secreta militar órgão que largou no seguimento de desentendimentos com o general Zé Maria. Foi depois transferido depois para o gabinete de fiscalização do governo de Luanda.