Lisboa – As autoridades sul africanas irão decidir até finais de Setembro, um pedido de asilo político do jornalista angolano Antônio Capalandanda que se refugiou neste país por alegadas perseguições ligadas ao seu trabalho, em Angola.
Fonte: Club-k.net
Diz temer pela sua vida em Angola
Antônio Capalandanda que se dedica em trabalhos na vertente dos direitos humanos, a partir da região sul do país (Benguela e Huambo), tem trabalhos produzidos pela Voz da América, e em alguns órgãos privados. Na sua terra, Lobito, alega-se que as pressões ao seu redor acentuaram-se por ter estado a desenvolver um trabalho de investigação envolvendo um Procurador local ligado a atividades ilícitas.
Em 2012, o jornalista denunciou ter sofrido ameaças logo apos ter noticiada através da VOA, o caso de um cidadão chinês Zang Yan que foi transferido para Luanda, por alegadas ordens superiores. O cidadão chinês era acusado de ter assassinado a facada o cidadão angolano Pedro Chiwila Nguli, em Novembro de 2010, na cidade de Benguela.
Um ano depois a organização “Front line defender” baseada no exterior de Angola, denunciado que no inicio de 2013, o jornalista havia sido seguido por homens não identificados num veículo, que estacionou perto de sua residência e seguiu-o, logo que ele saiu para o trabalho.
A FLD, denunciou também que aos 7 de Dezembro de 2012, dois homens não identificados transportados numa motorizada, na província do Huambo, agrediram o jornalista e levaram consigo o seu material de trabalho nomeadamente a câmera, gravador de voz e dois blocos de notas.
No mesmo dia, António Capalandanda apresentou uma queixa a Direcção Provincial da Polícia de Investigação Criminal, no Huambo, porém o oficial que se registrou o caso afirmou que este tipo de agressão era incomum na região e acrescentou que parecia que o defensor dos direitos humanos estava sendo submetido a vigilância.
As autoridades angolanas tem sido citada desde 2011, como tendo adoptado praticas de perseguição e repressão contra ativistas e jornalistas identificados como críticos ao estilo de governação do Presidente José Eduardo dos Santos. Tem sido também referenciadas como estando a usar os órgãos de justiça para forjar processos criminais contra os opositores ao regime.
Em Abril passado, um activista Marcos Mavungo em Cabinda foi presos e esta a ser julgado num processo que se diz ter sido forjado pelos serviços de segurança. Em Junho deste mesmo ano 15 jovens foram presos por acusação de estarem a preparar um “Golpe de Estado”, contra o Presidente.