Lisboa – Colaboradores directos do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) tem desde as últimas semanas se revelado disponíveis para intermediação de uma proposta de libertação dos presos políticos acusados de “golpe de Estado”, sem que nenhuma das partes se sinta vitoriosa ou humilhada.
Fonte: Club-k.net
Assessores não querem que PR saia como derrotado
A proposta que teriam feito chegar ao Presidente José Eduardo dos Santos (JES) era de que dialogariam com familiares de Luaty Beirão para que estes o convencessem a terminar a grave de fome e três dias depois, o Chefe de Estado autorizaria a sua soltura e de seus companheiros para que pudessem aguardar o julgamento em liberdade provisória, conforme manda a lei.
A referida proposta foi determinada no sentido de evitar que JES se sentisse derrotado ou que fosse visto como alguém que libertou os jovens por conta da pressão dos apelos feitos quanto ao Estado de saúde de Beirão.
Na manha desta terça-feira Luaty Beirão pos voluntariamente termo a sua greve de fome em função de múltiplos pedidos da esposa e dos seus companheiros que o transmitiram que ele seria mais útil pela causa estando vivo do que o oposto.
Os jovens são acusados de “actos preparativos de rebelião” que ao serem provados em tribunal incorrem a uma pena máxima de três anos de prisão ou multa de 360 dias razão pela qual esta acusação admite a liberdade provisória. Em condições normais e logo apos a pronúncia o Juiz da causa [Januário José Domingos] do Tribunal Provincial de Luanda (TPL) deveria solta-los sobre caução ou TIR- Termo de Identidade de Residência.
Na primeira semana de Setembro o Tribunal Supremo, esteve prestes a anunciar a soltura dos jovens na sequencia de um pedido de “Harbes Corpos” da defesa. Dois dias depois recuaram da decisão tendo rejeitado a soltura dos mesmos. Há informações de que teriam dado a conhecer a Presidência da República que libertariam os jovens, e este órgão manifestou-se oposto da decisão do Tribunal.
De realçar que dentre os colaboradores directos do PR, o general Manuel Vieira Dias “Kopelipa” e o diretor dos quadros, Aldemiro Vaz da Conceição são as mais notáveis entidades que não apoiam o levantamento tese de “golpe de Estado” para prender os jovens.