Lisboa – A Procuradora angolana que recebeu a missão de em tribunal representar o ministério público, no processo dos vulgo revús está a ser suspeita de sentir-se envergonhada com a missão que a deram de fazer acusações aos presos políticos acusados de planearem derrubar o governo e atentar contra a vida do Presidente José Eduardo dos Santos.
Fonte: Club-k.net
Apresenta-se mascarada e rejeita por o seu nome nas actas
Desde que iniciou o julgamento a senhora não apresenta o seu nome e passou a usar óculos escuros e uma peruca supostamente estranha que não permite que o seu rosto seja visto. Vários analistas são unanimes em dizer que ela não quer ver o seu nome manchado num processo supostamente fabricado pelas autoridades angolanas.
Na sessão desta quarta-feira, o advogado de defesa David Mendes e a misteriosa procuradora tiveram um altercado de palavras por a representante do general João Maria de Sousa, ou Ministério Público ter usado uma peruca que cobria uma boa parte do rosto.
David Mendes alegou não conhecer a procuradora e acrescentou dizendo que o nome dela não consta de todas as actas das sessões.
Em relação ao cabelo, a procuradora disse que faz o que lhe apetece.
Reações de testemunhas
No primeiro e segundo dia do julgamento o caso da procuradora misteriosa passou por despercebido. Porém no terceiro dia, pelo menos dois activistas que presenciaram notaram também o suposto disfarce da representante do general João Maria de Sousa dando as suas considerações.
Numa reportagem, divulgada nas redes sociais, o activista e jornalista Pedroski Teca escreveu que “a digníssima procuradora apresenta uma aparência que deixou muitos perplexos pois está a usar um penteado de cabelo (acredito ser uma piruca), que tapa quase o rosto todo e a parte superior dos óculos que está a usar. Algumas pessoas designaram a aparência da mesma procuradora como a de alguém que está a esconder o rosto e não quer ver a sua identidade exposta ou envolvida neste caso.”
Na mesma tônica , o activista Dago Samussuku fez um comentário idêntico realçando que “A dignissima procuradora do ministério publico que está representar a acusação no processo dos 15+2 me parece estar arrependida ou com vergonha de estar a fazer o papel que lhe foi encomendado pelo ordem superior. A forma como ela esconde o rosto cobrindo-o com um corte capilar estilo a Beyonce ou Rihana e usando umas lentes com o fundo embassado passa mensagem que ela não quer ser lembrada pelo rosto por ter participado na farsa de condenar jovens que só pensam em, e lutam por uma Angola democratizada de facto, sobre o juiz não falo porque até agora demonstrou que está ai por ordens superiores para condenar estes jovens e não tem sido imparcial”.
Nesta quarta-feira, a mesma procuradora (representante do general João Maria de Sousa) abriu mais um processo contra os presos políticos por estes escreverem nas suas fardas prisionais dizeres como “presos do Zedú”. A mesma alega que as fardas pertencem ao Estado angolano e que os jovens danificaram um bem do Estado.
O Club-K, está a fazer diligencias para nos próximas dias anunciar o nome da misteriosa procuradora de forma a facilitar que futuros estudiosos que um dia poderão mostrar interesse em escrever sobre este processo e seus respectivos protagonistas como os nomes dos Acusados, advogados, juízes, magistrados e supostos generais especialistas em “inventar” golpes de Estado para escapar a reforma.