Lisboa – As razões pela qual o condenado Benilson Pereira Bravo da Silva não tem sido incomodado pelos órgãos de justiça e segurança em Angola deve-se ao facto de o Juiz da causa (PROC. N.o 187/14 – B TPL – 6.a Secção), Carlos Baltazar ter propositadamente “esquecido” de requisitar um mandado de captura contra sua pessoa.
Fonte: Club-k.net
Juiz “esqueceu” se de imitir mandado de captura contra Benilson
Benilson Pereira Bravo da Silva foi a revelia, condenado a 15 anos de prisão, em Março do corrente ano, pela sua participação, em atrair á morte o activista Isaias Sebastião Cassule, assassinado por Junior Mauricio “Chéu”, então responsável do Gabinete Técnico do Comitê Provincial do MPLA, em Luanda. Nesta conformidade, pode sair e entrar no país quantas vezes quiser uma vez que não existe mandado de captura pelo crime que cometeu.
Quadro do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), Benilson Silva era o agente que o regime teria infiltrado no Movimento Revolucionário dos jovens que realizam manifestações contra o longo consulado do Presidente José Eduardo dos Santos e suas respectivas politicas de repressão.
A impunidade de Benilson Silva é vista como um sinal claro da parcialidade do poder judicial em Angola sobretudo aos Tribunais que são manipulados pelo poder politico. Dentre os detidos/condenados do caso Cassule/Kamulingue, o agente Benilson Silva é o único que tem beneficiado proteção do executivo angolano. Foi logo solto pela PGR, do general João Maria de Sousa, no período de instrução preparatória do processo enquanto que os outros foram todos presos. Desde então nunca foi incomodado pela justiça angolana. Já foi visto andar de guarda-costas no Bela Shopping. Na Sexta-feira (20) foi visto a assistir a cerimonia de um casamento, na Igreja de Jesus, na Cidade Alta, em Luanda.
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Na altura o Folha-8 já havia questionado da protecção que Benilson estava a beneficiar do PGR João Maria de Sousa, que se diz ser próximo a sua família