Namibia - Em solidariedade aos destinos do mui dignissímo povo angolano, o qual não só temos a honra e o intocavél direito de pertencer, mas também de defender, especialmente em memorias vivas ao povo angolano que tem vindo a ser vítima da privação do pão do dia, âgua potavel sanitação, luz e outros serviços mais basicos. 


Tendo em consideração que no nosso pais ninguém tem o monopólio do saber e muito menos da razão, seria um erro gravissímo se nós activistas de direitos humanos, que no momento da guerra fratricida tivemos sempre a coragem patriótica de denúnciar as atrocidades cometidas no campo das batalhas assim como todos os atentados á liberdade e a integridade fisica da mulher e do homem angolano não tivessemos agora o cuidado de observar a luz do dia, algumas lacunas menos dignas para um estado democratico e de direito que todos esperamos que venha definitivamente a prevenir ou reservar as palavras “ guerra, medo, repressão, perseguição, ditadura, exclusão, injustiça social e monopartidarismo para os historiadores.


Gostaria de fazer conhecer ao povo de Angola que o nome do nosso Sr. Jose Eduardo dos Santo, (Presidente de Angola), está gravado nas paginas mais negras que o mundo e a história jamais esquecerá e junta-se na lista de ditadores, conhecidos por, Pinochel, Hitle, Por-Pota, Mobuto e Zalazar. São dentre este ditadores, que em paises e tempos diferentes eles ditaram e impuseram as suas regras e jogos sem respeito e sem dignidade por um simples “Não”. São nomes que nunca ninguém esquecerá pelas mortes,  sofrimentos, perseguições, torturas,  execuções sumarias e dinheiro facil, ganho através do jogo da corrupção e da custa de milhares de vida humanas. Tudo isto faz  parte de efeitos  negativos que eles causaram. 


Angola vive acabrunhado, este seu passado recente que o mundo conheceu de côr. Queiram ou não, mas em conjunto, havemos de concordar que ninguém de mente purificado e equilibrada, defenderia jamais a maneira como o regime de José Eduardo dos Santos, tem dirigido os destinos dos angolanos e de maneira como tem gerido os interesses nacionais, mergulhados na corrupção e no sistema ditatorial.


Na tentativa de compreênsão que o tempo ajudou-me a construir, vemos Angola na sua importância de historia, tão cedo foi chamado Pais acolhedor, terra bonita e Cosmopolitana, a Pérola da arte Ocidental da Africa a Sul do Equador, tudo por causa da sua beleza, riqueza, tradição e cultura impare.


Associando a mensagem em homenagem aos nossos antanhos, Nginga, Mandume, Mutu-yakevela, Ekwikwi e outros herois compreendemos que o estado actual de governação so se podia ser classificado no surrealismo que a potencialidade da mente humana ainda nos possibilita. Depois do MPLA ter capturado o poder por via da violência e Jose Eduardo dos Santos como Presidente, ao que parece os ponteiros do tempo marcam em sentido contrário tudo virado sobre acorrupção e ditadura. Acoplado a imagem de Jose Eduardodos Santos e seu sinismo estão muitos “feitos” que monta o seu regime.


Dos Santo fez-se pai e chefe da ala mais Corrupta de Angola. Dos Santos ao longo dos 33 anos, procurou dedicar  a sua vida a edificar um estado autoritário e militarista. Dos Santos, construiu a maquina propagandistica de assassinos. Dos Santos, dirigiu os massacres de 1992, que vitimou altos dirigentes da UNITA (Elias Salupeto Pena, Jeremias Kalandula Chitunda, Adolosi Paulo Mango Alicerces e outros...), chefiou de igual modo nos anos que se seguiram a morte de Mfulupinga Landu Victor  e como também preparou o exterminio da tribo Bakongo e Umbundo. 


Eu sei que o que digo aqui provocará uma verdadeira comichão nos espiritos de muita gente pertencente a classe mais rica associada a uma rede de trafico de influência....Mas não posso deixar de o fazer, pois revejo na nossa própria história angolana aquilo que sinceramente Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi idealizaram quando empreênderam a épopeia da luta para a independência de Angola. Erradamente, Dos Santos por causa da mal-fê, pensa que o objectivo destes grande homens da nossa história era afinal o de criar um pais sem regras morais e eticas, habitado por homens e mulheres sem poder e decoro, um pais de homens e de mulheres violentos e com ambição desmedida, um pais para acolher e acobertar todos os caprichosos, um albergue seguro de trapaceiros. Se alguém assim pensa de governar Angola neste estado de coisas enganou-se.

Não foi esse certamente o ideario de homens que acima supra-citados;
Não foi também para isso que verteram o seu generoso sangue;
Não foi a lavagem de dinheiro nem o trafico de influências que inspirou
Não foi o ideal de angolanos da primeira e de segunda classe, que Savimbi definia o angolano;
Não foi pela ambição de enriquecimento familiar que Savimbi morreu em combate;
 

O homem que nos governa (ZE-DU), não está em altura dos desafios lançados por Agostinho Neto muito menos de Jonas Savimbi, Holden Roberto e outros acitar.

Questiona-se habitualmente o papel e a responsabilidade de José Eduardo dos Santos em todo este banho de sangue, uma vez que por inerência de cargo ele tem toda influência sobre as actividades criminosas deste genero. Contudo como dizia Mario Benedett, um escritor Uruguai que “esquecimento esta cheio de memorias,” como tal jamais sera esquecido quer pelas vitimas deste sofrimento, quer pelas familias dos desaparecidos. As quais cedo ou tarde reclamarão por justiça.


Feito na Namibia aos 12 de Março 2009

pelo Activista de Direitos Humanos

Emilio Mango
Fonte: Club-k.net