Luanda - Ao afirmar esta semana em Lisboa que a Comissão Constitucional deverá submeter à consulta popular os dois modos de eleição do PR, José Eduardo dos Santos sugere duas leituras:
a) ou ele não foi informado da entrevista de Kwata Kanawa em que afirma que as correntes que defendem a eleição presidencial indirecta «não estão dentro do partido»; ou
b) o presidente do Mpla valoriza muito mais as tais correntes que defendem a eleição indirecta do que a decisão unânime do seu próprio partido. Em qualquer dos casos Jes fica mal na «fotografia». É que, no primeiro caso, Kwata Kanawa só reafirmou um compromisso que o Mpla assumiu com os eleitores.
Ao passar por cima desse compromisso, Jes coloca-se à margem do seu partido. E isso mesmo é assumido implicitamente por ele ao prestar mais atenção a correntes que «não estão dentro» do seu próprio partido.
Fonte: Semanario Angolense