Luanda -  A entrevista de Isaias Samakuva, com direito a chamada de capa na edição 23 de Março de 2009, do Jornal de Angola foi efectuada  com base em  critérios estabelecidos e “impostos” pelo próprio líder do “Galo Negro”.

A saber:

A entrevista teria de ser a “ping pong” para evitar manipulação. Isto é; de acordo com lamentações  públicas do DG do Jornal de Angola, José Ribeiro, a UNITA vinha recusando um pedido do jornal que a muito solicitava um exclusivo com Samakuva.  Face a “insistência” e “desconfiança”, a UNITA aceitou recentemente, o replico mas  com a contraproposta de que a entrevista tinha de ser “perguntas e resposta” para evitar que fosse alvo de alterações maliciosas.

A entrevista foi feita por Kumuênho da Rosa, um jovem jornalista moderado sem tendências aos fanatismo dos “comitês de especialidades”. O titulo meio tendencioso foi da responsabilidade dos “especialistas” do Jornal.

A falta de  confiança do  Presidente da UNITA, face ao Jornal de Angola acentuaram-se desde a época em que o seu partido  verificou o seguinte:

- Seus discursos não são explorados/trabalhados pelo “JA” da mesmo forma como são tratados os discursos dos Camaradas do MPLA.  Optam por um tratamento inadequado  que induz o leitor a concluir de forma errada. O ultimo exemplo foi o discurso pronunciado por Samakuva, no dia 3 de Março.
(Exemplos da Imparcialidade: Discursos de JES em reuniões do Comitê Central são publicados na integra, discursos de  Bento Bento, Responsável do Mpla em Luanda são destacados com fervor, o discurso de Jorge Valentim, ex – membro da UNITA, pronunciado  no Lobito foi publicado na sua integra no Jornal de Angola, e disponível em mp3 no site da RNA ao que nunca se verificou aos discursos de Samakuva.

- A 4 anos atrás, o Jornal de Angola escreveu uma matéria tendenciosa sobre um sobrinho de Samakuva, conhecido por Wandelica na qual este órgão apresentava-o como filho do Presidente da UNITA. O Titulo da matéria era “Samakuva não reconhece filho”. A sociedade civil  deplorou pela falta de isenção do Jornal de Angola e pelo facto de este não ter pelo menos escutado o Presidente da UNITA. Houve o comentário de um ouvinte em uma das rádios em Luanda que dizia mais ou menos assim “Se eu aparecer no Jornal de Angola e dizer que sou filho do JES e que este me esta a rejeitar, será que também vão por o assunto em destaque?”

- No Lançamento das conhecidas “13 teses para democracia”, o “JÁ” fez um texto com o seguinte titulo “Samakuva reconhece posições do PR”. O texto era igualmente tendencioso.

Face a estas crispações, o líder da UNITA adoptou posições de prevenção que levaram lhe de inicio a silenciar-se fase aos pedidos que o Jornal de Angola lhe fazia para uma entrevista.

Dependência do JA a  Presidência da Republica

O DG do  Jornal de Angola tem certa dependência do Porta Voz da Presidência, Aldemiro Vaz da Conceição tido como um hábil  especialista em informação e de fazer o uso da mesma para desgastar o adversário. Muitas das entrevistas nos órgãos de comunicação do estado a individualidades da oposição ou não simpáticas ao regime são por encomenda deste. Servem para fazer leituras apropriadas ou tirar algum proveito.

Por exemplo, na noite em que  os resultados eleitorais foram divulgados, um jornalista que responde pela cobertura dos assuntos presidências, Gonçalves Inhanjica, foi orientado a ir a casa de Samakuva para solicitar deste, a sua posição face a conclusão do processo eleitoral. No mesmo espaço de tempo, o candidato presidencial, Vicente Pinto de Andrade teria sido solicitado por figuras da linha de Vaz da Conceição para que recebesse  jornalistas em sua casa de modo a que falasse do mesmo assunto que Inhajica ia buscar de Samakuva.

Estes comportamento fortificou as argumentações segundo a qual a imprensa estatal em Angola esta presa a outros poderes.
Fonte: Club-k.net