Luanda - Passaram dois meses desde que o processo deu entrada e ainda não há uma resposta. Os familiares dos 17 activistas que estão a cumprir as penas de dois anos e três meses a oito anos e seis meses de prisão desde o dia 28 de Março,  vão dirigir-se quinta-feira, ao Tribunal Supremo para obterem uma resposta sobre o andamento do pedido de habeas corpus. No dia 18 completam-se dois meses desde que deu entrada e ainda não há decisão.


Fonte: RA


Neusa de Carvalho, esposa do jornalista Sedrick de Carvalho, um dos presos, disse ao Rede Angola que os familiares estão todos mobilizados.


“No sábado da próxima semana, 18 de Junho, vai completar-se dois meses desde que os advogados deram entrada ao pedido de habeas corpus no Tribunal Supremo. Então, vamos lá para obtermos uma resposta sobre o andamento do processo”, informou.


Segundo o advogado Luís de Nascimento, da equipa de defesa dos activistas, o Tribunal Supremo não deu até ao momento nenhuma resposta, situação que preocupa os familiares e a defesa dos activistas.


“Até agora não tivemos nenhuma reacção. É de estranhar. Segundo a Constituição, este processo deve ser célere e prioritário”, adiantou Luís Nascimento. Até o juiz conselheiro havia emitido um despacho interno para que a decisão fosse tomada de forma rápida. Mas, infelizmente, esta orientação não está a ser cumprida”, acrescentou o advogado.


Quanto à intenção dos familiares de ir ao Tribunal Supremo, o advogado considera-a positiva, uma vez que os parentes podem exercer o direito de procurar saber como está a situação.


Apesar disso, Luís Nascimento aconselha os país, irmãos e esposas dos activistas a respeitarem os direitos do órgão de soberania.


“É bom procurarem saber em que situação se encontra [o processo]. Mas não no sentido de exigir ou pressionar o tribunal, porque manifestações defronte dos órgãos de soberania podem não ser admitidas. A ida dos familiares é importante, mas a atitude deve ser urbana”, disse.