Luanda - O director executivo do Angola Music Awards (AMA), Daniel Mendes disse que só daria crédito às críticas de Kizua Gourgel à organização dos prémios se na verdade o músico fosse o ministro da Cultura.

Fonte: Zap

O empresário reagia desta forma aos erros graves apontados por Gourgel à concepção das categorias de premiados e às nomeações.

 

Em declarações ao programa Zap News, Daniel Mendes alegou que quase todos os cantores angolanos passaram pelos AMA: “99 por cento do músicos angolanos já passaram pelos AMA. Portanto, se ele fosse um ministro da Cultura, dizia ‘ok, se calhar tem razão’, mas não considero isso”.

 

Sobre o facto de N’soki ter ganho na categoria afro jazz com a canção “Vai-te Embora”, quando o tema é, segundo Gourgel, uma balada pop, Dabiel Mendes referiu “Ele tinha que saber que esta categoria não é só afro jazz. É afro jazz e world music. E a música em causa ganhou na vertente world music”.

 

Quanto ao prémio de melhor produtor atribuído ao músico Nelo de Carvalho, o responsável do AMA justificou que o vencedor produziu a maior parte das músicas do seu próprio álbum, razão pelo qual o órgão colegial do concurso o considerou vencedor. “É analisado o tema da sua produção. Neste caso o Nelo de Carvalho produziu vários temas do seu disco”, justificou.

 

Em relação ao playback usado por alguns músicos durante a gala, e que também mereceu as críticas de Gourgel, Daniel Mendes explicou que como a organização não tem banda própria, cada um dos que actua leva os seus próprios músicos.

 

“As bandas estiveram lá, e acompanharam alguns artistas, e aqueles que não tiveram possibilidades de [ter] bandas acabaram por fazer playback“, disse. “É perfeitamente normal porque há situações em que devemos contornar e não parar”, acrescentou.

 

“Agora analisem, foram três anos com uma banda a acompanhar todos os artistas, mas ninguém disse porque estão a tocar com banda. Este ano dois ou três artistas cantaram em playback e já existe crítica. Mas isso é completamente normal”, disse ainda.

 

Mesmo assim, Daniel Mendes não se mostrou incomodado pelas críticas de Kizua Gourgel, antes pelo contrário. “Estamos abertos para [nos] sentarmos e ele poder contribuir também. Aliás, estamos abertos a todos músicos para podermos trocar ideias para que no próximo ano tenhamos um AMA melhor. Kizua estás convidado a fazer parte do grupo de pessoas que vão preparar os nomeados que vão ser votados pelo público”, convidou.