Lisboa - O acordo de gestão entre a Transportadora Aérea Angolana (TAAG) e a Fly Emirates está a ser prejudicado por alegadas interferências do regime angolano culminando com registro de desentendimentos  entre as duas partes. 

Fonte: Club-k.net

Emirates  suspende empresa da Ana Paula que presta serviços a TAAG  

De acordo com conhecimento as divergências entre as duas partes acentuaram-se no seguimento da implementação de medidas de austeridade financeira partindo pela redução e cortes de despesas que estão a  enfrentar  oposição do regime.

A saber:

- A Emirates propõe a suspensão da rota Luanda - Praia (Cabo Verde) alegando  ser uma rota não rentável. Por outro lado as autoridades angolanas opõem-se da decisão. Fontes próxima ao processo suspeitam que a oposição das autoridades, deve-se ao facto de Cabo Verde ser um paraíso fiscal, onde ultimamente muitos dirigentes deslocam-se devido aos interesses empresariais que tem naquela localidade e também para motivos de visita privadas com as suas  amigas.


- A Emirates suspendeu temporariamente os contratos com as empresas responsável pela formação de quadros. As autoridades sobretudo, o palácio presidencial mostra-se totalmente oposto por a decisão afectar a Lunar-DT, empresa da Primeira Dama, Ana Paula dos Santos. A Lunar-DT é uma escola que apoia  na formação do pessoal navegante de cabine da TAAG e, responsável pela confeição dos novos uniformes das hospedeiras.

- A Emirates submeteu recentemente as propostas de reestruturação das delegações da TAAG no exterior que no seu entender tem pessoal a mais e gastam muitos recursos. O caso esta a criar desconforto  entre os funcionários das  respectivas delegações.

No seguimento das divergências entre as duas partes, apareceu, há uma semana,  no gabinete do PCA da TAAG, o inglês Peter Murray Hill, um papel colado da porta com os dizeres “Peter Murray vai-te embora.”. Logo depois disso, circularam rumores  de que estariam a ocorrer movimentações junto ao Palácio Presidencial no sentido de influenciar o fim da parceria entre as duas empresas ou a exoneração do actual PCA, Peter Hill.


O acordo bilateral de parceria estratégica foi assinado a 29 de Setembro de 2014 e, depois de um período de graça, a TAAG passou finalmente a voar, em 2015, sob gestão exclusiva da transportadora do Médio Oriente do Grupo Emirates.

O negócio visa ajudar a companhia nacional de bandeira a reverter, até 2019, os prejuízos estimados em 99 milhões de dólares (cerca de nove triliões e 900 biliões de kwanzas) de 2014. Através desta parceria, o Governo angolano prevê, dentro do período vigente, resultados operacionais positivos de cem milhões de dólares (perto de AKZ dez triliões), conforme o Plano Estratégico e de Negócios da TAAG, no âmbito do Contrato de Gestão celebrado com a Fly Emirates.

A formação de angolanos na academia da Emirates (no Dubai) e a introdução de uma gestão profissional de nível internacional são os objectivos principais deste contrato, que assenta ainda na reestruturação financeira da empresa, com a meta de facturação anual a passar de 700 milhões de dólares, em 2014, para USD 2,3 biliões, até ao final do pacto.

No quadro desta cooperação, o inglês Peter Murray Hill é o novo presidente do Conselho de Administração, em substituição do angolano Carlos Teixeira da Cunha, que assume o actual posto de administrador-executivo, e Vipula Mathanga Gunatilleka.

Os demais cargos administrativos têm à cabeça Patrick Rotsaert (administrador para Área Comercial) e Donald Ian Hunter (administrador para Área das Operações), ao passo que Luís Eduardo dos Santos, Arlindo de Sousa e Silva, Mário Rogério Henrique de Oliveira Von Haff e Adelaide Isabel de Sousa Godinho preenchem as vagas de não-executivos.