Lisboa – O regime angolano deu por congelado o processo da nomeação que previa despachar o acadêmico Belarmino Gomes da Rocha Van-Dúnem para o cargo de embaixador de Angola junto da União Europeia, em substituição de Elizabeth Simbrão. A justificação apresentada do recuo é de que houve um alegado vazamento sobre o processo em curso que terá atrapalhado a decisão da formalização da sua nomeação.
Fonte: Club-k.net
O processo de nomeação de Belarmino Van-Dúnem encontrava-se em fase avançada em que as autoridades teriam já solicitado o agrément junto das entidades da UE, para de seguida se formalizar a sua nomeação formal por despacho presidencial.
Formado na área das ciências sociais, Belarmino Van-Dúnem é um conhecido professor universitário e consultor do GRECIMA, um gabinete de gestão da imagem do executivo que funciona na orbita da Presidência da República. Escreve para varias publicações e faz comentários nos meios de comunicação controlados pelo regime sobre a realidade da política africana e mundial. Os seus alunos da Universidade Lusíada de Luanda (ULL) estimam-lhe e reconhecem nele forte domínio sobre a sua aréa do saber.
Para além da actividade académica, foi há uns anos consultor diplomático do ministério da Defesa ao tempo do ministro Candido Van-Dúnem. Porém seria no primeiro semestre de 2011 que esteve prestes a ser despachado como Ministro Conselheiro Junto da Missão diplomática de Angola as Nações Unidas em Nova Iorque, cargo que declinou. Na altura o Ministro das relações exteriores George Chicoty teria se sentido desiludido por ele ter prematuramente desistido, numa altura em que já estavam feitos os despachos da sua nomeação.
Por outro lado, concorreram justificações de que teria desistido do convite para priorizar uma suposta nomeação que tencionavam fazer dele assessor do então Chefe da Casa Civil da PR e Ministro de Estado, Carlos Maria Feijó, o que também não veio a acontecer.