Lisboa - O Chefe do Serviço de Segurança e Inteligência Militar (SISM), general Antônio José Maria, está antecipar em transmitir, em meios do regime, a possibilidade de ele retirar-se da vida militar ativa caso o Presidente José Eduardo dos Santos (JES) venha retirar-se do poder.
Fonte: Club-k.net
A retórica que lhe é atribuída, está a ser vista como um subterfugio destinado a passar a mensagem de que ira retirar-se por vontade própria. A versão que circula no regime é de que foi o próprio Presidente que teve a ideia de antecipar-se em afasta-lo em breve para harmonizar o período de transição politica que se aproxima. Foi agendada uma reunião do conselho de defesa e segurança prevista para a próxima semana na qual vai ser abordada a sua passagem para a reforma compulsiva e de outros generais.
É desejo de JES abandonar o poder e ceder a liderança do país ao ministro da Defesa Nacional, João Lourenço. Fontes do regime acreditam que a passagem a reforma do general José Maria poderá constituir o primeiro passo para consolidação e tranquilidade do processo de transição no país.
O general Antônio José Maria é frequentemente citado como num dos principais focos de divisões e tensões internas que proliferam no regime do MPLA. Porem é corrente a ideia de que JES lhe perdoa, sistematicamente, aos erros em que incorre devido a convincentes manifestações de lealdade de José Maria, com o qual partilha alguma afinidade.
Em meados de 2014, o actual ministro da Defesa Nacional, João Manuel Gonçalves Lourenço, manifestou, a margem de uma reunião com o Presidente José Eduardo dos Santos, alguma preocupação em relação a intromissão que o general Zé Maria, estaria ter junto do pelouro que dirige.
Em Setembro passado, o Ministro da Defesa Nacional, convocou-o no seu gabinete para chamada de atenção sobre a sua conduta de ter prendido um dos seus assistentes de campo, tenente coronel João Paulo. O ministro exigiu-lhe a imediata libertação do seu subordinado.