Lisboa -  O MPLA encoraja a nova Administração do Banco de Poupança e Credito (BPC)  a ir em frente no processo de identificação dos rastos de clientes que pediram créditos bancários inclusive aqueles que terão usado o nome do partido para tais pedidos feito de modo particular. 

 
Fonte: Club-k.net
 
A recomendação transmitida veem empresa numa missiva   ao novo Secretario Geral do partido no poder, Antônio Paulo Kassoma.  De acordo com fontes partidárias, o MPLA teve de tomar esta posição depois de ter tomado conhecimento que alguns devedores  do BPC estariam a furtar-se das suas obrigações. Outros  estariam a fazer-se intimidar invocando militância ao MPLA e insinuando que os fundos obtidos foram usados  para construção de CAP, a designação que se atribui as sedes dos comitês de ação junto as bases partidárias.
 
 
O BPC encontra-se oficialmente falido desde 2013, altura em que as autoridades criaram uma discreta sindicância no seguimento  de denuncias de ocorrência de processos de  empréstimos não transparentes. Na altura, a  sindicância  ficou  sem efeito depois de   registros  de fundos  para fins filantrópicos para as  actividades do MPLA e ao clube desportivo Progresso do Sambizanga. 
 
 
Sobre os escândalos de créditos dados em moldes irregulares veio a superfície o caso de um cliente Carlos Miguel Conceição, que por ser sobrinho de um dos antigos administradores recebeu o credito de 70 milhões de dólares   aprovado de forma arbitraria.
 
Neste mesmo ano, de  2013, duas empresas  Casicel Lda e Oil Dream Group Lda beneficiaram de créditos do BPC aprovados pelo então diretor da área de Pequenas e Médias Empresas junto do BPC, Nataniel Patrício Mesquita Francisco suspeito de ter recebido luvas pela facilitação. O dono das duas empresas viu o seu pedido de credito a ser rapidamente aprovado depois de se fazer passar por  filho do Presidente José Eduardo dos Santos.  O funcionário que facilitou a concepção dos fundos foi chamado ao Tribunal, no famoso caso do falso filho do PR e alegou que o BPC não ficou prejudicado   com as operações feitas envolvendo as duas empresas ligadas a Paulo Denilson Feijó Luís. 
 
 
O BPC é o maior banco comercial estatal em Angola.  Recentemente a nova PCA, Cristina Florência Dias Van-Dúnem reconheceu que a instituição está com problemas de liquidez. O banco esta a ser sujeito a uma restruturação que implica um aumento de capital por parte do estado.
 
 
Reagindo sobre o assunto o universitário e activista Pedro Malembe elogia a postura  do SG do MPLA, Paulo Kassoma e aproveita a ocasião para pedir ao mesmo que escreva uma outra carta  encorajando a todos os membros do regime e  seus  familiares  a devolverem os créditos contraídos no antigo BESA.  “Todos devem os fundos contraídos, inclusive aqueles que acharam que os créditos eram ofertas do partido”.