Lisboa – A JMPLA foi a primeira organização de massas ligada ao partido no poder a não revelar alguma manifestação de persuasão na continuidade de José Eduardo dos Santos como Presidente da República. O ativista Pedro Malembe, do Movimento Revolucionario refere na sua pagina pessoal que “a JMPLA foi a primeira a demarcar-se de JES”.
Fonte: Club-k.net
Jovens preparam apoio a João Lourenço
Tão logo terminou a reunião do Comitê Central do dia 2 de Dezembro que visou analisar a não participação de JES como candidato às eleições de 2017, esta franja juvenil encomendou panfletos e camisolas com dizeres de apoio ao João Lourenço e a Bornito de Sousa para se apresentarem na atividade do proximo dia 10 de Dezembro, alusiva ao 60 aniversario do MPLA.
Ao mesmo tempo, um grupo de jovens militantes que se recusava a fazer o registro eleitoral, mandou recados, através de um grupo nas redes sociais (whatstup) dizendo que “agora sim, vamos ao registro”, a fim de poderem estar habilitados a votar nas próximas eleições.
A JMPLA veem tomando distanciamento do legado do seu líder, Eduardo dos Santos depois de 2011, data em o regime enveredou por uma politica de repressão e violência contra a juventude, em especial contra aqueles que realizavam manifestações contra o longo consulado do Presidente. Nos bairros, e em outros convívios universitários, os jovens desta organização passaram a ser vistos e acusados de cúmplices por nunca condenarem abertamente a política de repressão para defender o líder do MPLA.
Para o activista Pedro Malembe do Movimento Revolucionário, “a saída do Presidente José Eduardo dos Santos vai por fim a cultura de violência contra nós, pois não acreditamos que o general João Lourenço venha precisar de usar a polícia, o SINFO para reprimir ou tirar a vida dos críticos ao regime como fizeram, em 2012, com o Cassule e Kamulingue”.
“Acredito que este legado de recurso a violência para defender JES também envergonhava a JMPLA, por isso é que muitos deles estão também a festejar nas redes sócias a saída do Presidente”, diz Malembe que já ficou 45 dias presos em Luanda por ter participado numa manifestação anti-regime e até hoje carrega uma marca na vista direita como consequência da tortura que foi submetido, em 2012, pelo então comandante municipal da Policia Nacional do Sambizanga, Francisco Noticias.
“Eu estou com problemas de visão mas mesmo assim perdoo o Senhor Presidente José Eduardo dos Santos por os seus homens me terem prendido e torturado, quase até a morte e também perdoo os jovens da JMPLA pela cumplicidade. Eu acredito que eles nunca se manifestaram para se solidar connosco ou com a prisão do caso 15+ 2, por que na verdade eles também são prisioneiros e vitimas das políticas erradas do Presidente.”, considerou.
Poster encomendando pela JMPLA de apoio a JL e a BS