Luanda - Usando e abusando do poder que lhes é conferido pela Lei (mas sobretudo pelas armas de fogo de que são portadores), agentes da Policia Nacional (PN) privaram da sua Liberdade, durante um período de nove horas, um dos mais notáveis e afoitos benjamins da juventude angolana: o secretário-geral do Club-K e colunista do jornal “Angolense”, José Gama, de sua graça.

Gama, que felizmente já foi restituído à Liberdade, esteve detido recentemente numa determinada esquadra de Luanda por alegada violação da “Lei das Transgressões Administrativas” vigente na República de Angola.
 
A suposta infracção teve como palco a baixa da cidade de Luanda quando um lavador de carros teve, por sua conta e risco, a iniciativa de lavar a viatura de José Gama, facto que chamou a atenção dos agentes da Policia Nacional.

Os referidos agentes da PN interpelaram José Gama (um jovem que ama a Liberdade como ninguém e sonha com uma Angola (mais) democrática) e exigiram os seus documentos pessoais e da viatura.
 
Ora José Gama é um  jovem que conhece de cor e salteado os seus Direitos e Deveres enquanto cidadão. Por isso aprestou-se a colaborar com os agentes da PN, acompanhando-os à esquadra para, em sede própria, esclarecer  o que (não) se tinha passado.

Chegado à esquadra, José Gama foi - à boa maneira da “Enciclopédia Soviética” - pura e simplesmente encarcerado. Mas isso faz-se? Isso faz-se a um jovem que ama como poucos a Liberdade, a Justiça e a Solidariedade?

José Gama (um jovem que, tal como a maioria da sua faixa etária,  (ainda) sonha com uma Angola livre, livre como a América) deveria ser tratado à dimensão da sua pequena (mas já grande) estatura  política e cívica.

Os agentes da PN deveriam ter tratado José Gama de uma outra maneira. Os agentes da PN deveria penitenciar-se publicamente perante José Gama, sob pena de a amanhã (quando chegar a nossa hora!) ter que se chamar à pedra os actuais titulares do Ministério do Interior e não.  Ou duvidam!? 

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José Gama em liberdade
 

Fonte: Club-k.net