Discursando num acto de massas que serviu para avaliar a capacidade organizativa e mobilizativa deste partido nestas paragens, Julião Mateus Paulo, que é igualmente coordenador da campanha eleitoral do seu partido, instou igualmente os militantes do MPLA a não responderem à provocações de simpatizantes de outras formações políticas.


“Queremos deixar um apelo: nada de provocações políticas e nada de responder à provocações. (Durante a campanha) haverá provocações daqueles que não são da cor da nossa bandeira”, alertou Dino Matross, que disse ter havido já um sinal neste sentido durante a III Conferência Nacional do MPLA.


“Na noite do dia 9 para 10 (deste mês) um partido que se diz democrático exibiu a sua bandeira próximo do local em que realizávamos a nossa conferência (nas instalações do Futungo II). Nós não respondemos”, denunciou Dino Matross, sem mencionar a denominação partidária.

Adiantou no entanto que jamais o partido no poder irá responder a tais provocações, porque quer que o processo eleitoral decorra com lisura e transparência.


O político afirmou ainda que a direcção do seu partido tem recebido informações de que militantes seus no interior do país têm recebido ameaças de uma força política que ele preferiu não revelar. De qualquer forma, Dino Matross indicou que o MPLA continua sereno e a fazer o seu trabalho.


Durante a sua intervenção, no bairro Alto Liro, Dino Matross apelou ainda os seus militantes a colaborar com a Polícia Nacional na sensibilização para o desarmamento da população.

O secretário-geral do MPLA lembrou que o país vive uma paz irreversível e por isso não há necessidade de a população estar munida de armas. Acrescentou que as armas têm contribuído para a prática de crimes, até mesmo no seio familiar.


Acompanharam Dino Matross ao Lobito, o coordenador-adjunto da campanha do MPLA, João Lourenço, os secretários para a Mobilização e Informação, Fernando Faustino Muteka e Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, respectivamente.


O acto de massas foi assistido ainda pelo primeiro secretário do MPLA em Benguela, Jeremias Dumbo, e por membros do Comité Central deste partido residentes na província.


O acto político de massas realizado em Benguela é o segundo depois de recentemente a equipa que dirige a campanha do MPLA ter estado no Huambo. O propósito é avaliar o grau de organização e aceitação do partido nas províncias onde o seu maior opositor, a UNITA, ganhou as eleições em 1992.

Fonte: JA