“O sindicato já me contactou
e eu aceito o pedido de desculpas”
Luanda - Estão a ser analisadas, em círculos competentes, as motivações que inspiraram, Tchizé dos Santos, a citar o Sindicado dos Jornalistas, na sua ultima entrevista a Eclesia, como tendo lhe contactado para apresentação de um suposto pedido de desculpas em funsão da oposição feita pelos profissionais desta instituição da sua sua inclusão na comissão de gestão da TPA enquanto parlamentar.
Por outro lado, a negação “ao direito de resposta” feita pela Radio Eclesia ao Sindicato impossibilitando esta instituição de fazer o desmentido do atribuido "pedido de desculpas" esta a provocar fortes suspeitas segundo as quais os padres terão sido pressionados para encerrar o assunto que coloca o sindicato dos jornalistas e Tchizé em rota de colisão.
Factos verificados que estão na base da polémica
- O SJA critica a decisão do Ministério da Comunicação Social e levanta a suspeição de tráfico de influências a envolver a deliberação.
- Uma acusação que Tchizé afirma estar ultrapassada, considerando um pedido de desculpas que o próprio sindicato a terá endereçado. “O sindicato já me contactou e eu aceito o pedido de desculpas. Pronto, precipitaram-se. Tenho é muita pena que haja algumas pessoas de má fé que tentam aproveitar esta situação politicamente.”- revelou.
- A filha do Presidente angolano sustenta que foi escolhida pela competência e qualidade do seu trabalho. "O meu trabalho está à vista. Eu, em 2000 criei o primeiro órgão de comunicação Social privado, no qual trabalhei, que foi a Revista “Tropical”. Em 2004 fundei a Revista “Caras”, que toda a gente sabe as posições que tem, que é líder”- Sustenta.
Entretanto, enquanto a parlamentar pelo MPLA suavizava a controvérsia, a Secretária do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Luísa Rogério voltava à carga.
“O que eu não acho normal é o facto de uma deputada, independente de maioritária ou não, estar na Comissão que vai gerir a Televisão Pública de Angola. Parece estarmos perante um grupo de interesses. Imaginemos por exemplo que a Assembleia Nacional, no âmbito das suas competências convoque o Ministério da Comunicação Social e as suas respectivas direcções, no caso das comissões técnicas. Em que bancada a senhora deputada se vai sentar?”- Interroga Luísa Rogério.
A Secretária do Sindicato dos Jornalista de Angola, apela as entidades competentes para que se reveja a questão. “O facto de ter economistas ou pessoas que façam parte, não me preocupa porque no Conselho da Administração estão integrados diferentes especialistas,” disse.
Para Luísa Rogério, esta questão devia merecer muito cuidado porque é realmente sensível.
A filha do Presidente da República de Angola em questão, assumiu no ano passado (2008), Junto o seu irmão, Zé dos Santos, a gerência do canal 2 da TPA, em circunstâncias em que muitos comentaristas acharam pouco claras, considerando que não houve nenhum concurso público para tal, contrariando o estipulado nos regulamentos destas matérias.
Ao que tudo indica, a polémica vai continuar a agitar a sociedade civil nos próximos tempos.
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Fonte: Apostolado/ Club-k.net