Washington – O Ministro da Defesa Nacional, João Gonçalves Lourenço manifestou recentemente inquietação pelos gastos efetuados pela embaixada de Angola em Portugal. A sua manifestação foi exposta, há cerca de duas semanas, quando efectuou uma escala a Lisboa a caminho de Washington, em missão de serviço. Na capital portuguesa, o governante manifestou desagrado com a iniciativa do embaixador angolano José Marcos Barrica de ter alugado a mais cara “suíte presidencial” do Hotel Ritz de Lisboa, para o acolher.
Fonte: Club-k.net
Imprensa portuguesa fala em 15 mil euros por noite pela suíte presidencial
O Ministro João Lourenço optou por ficar num quarto normal e chamou atenção do embaixador apontando a desnecessidade do aluguer da suíte presidencial sobretudo num momento em que o país observa uma crise financeira resultante da má gestão do erário público quando o preço do petróleo esteve em alta.
O Ministro ficou também surpreendido com a frota de carros posto a sua disposição. Anteriormente, nas suas passagens a Lisboa, (quando não era candidato) era colocado a sua disposição uma viatura com um motorista português identificado por “Amândio” que se tornou da sua confiança e estima. Desta vez foram alugados carros de luxo geralmente usados para Chefes de Estado.
Apesar de a iniciativa da embaixada de Angola em Portugal ter sido vista como medida destinada a agradar o candidato do MPLA, às próximas eleições, fonte próxima ao seu gabinete em Luanda, explicou ao Club-K que o ministro esteve prestes a ser colocado numa situação constrangedora.
É que naquele exacto momento, a cantora norte americana Madona se encontra no mesmíssimo hotel, e estava a ser destacada pelas revistas (VIDAS e SOL) por ter pago 15 mil euros por noite pela suíte presidencial no Hotel Ritz.
De forma a não criar alarido e atenção da imprensa portuguesa, a passagem de João Lourenço a Lisboa que culminou com alguns encontros restritos acabou por não ser anunciada pelas autoridades angolanas. A estratégia foi essencialmente para evitar aproveitamento que pudessem prejudicar a sua campanha eleitoral, em Angola.
Desde que foi anunciado candidato presidencial pelo MPLA, o ministro João Gonçalves Lourenço tem estado já a ser tratado pelos seus colegas como se já tivesse sido eleito Presidente da República. Nas províncias quando se desloca em missão partidária usa, os meios de Estado e as sedes dos governos províncias para as suas atividades eleitorais, em violação a lei eleitoral.