Lisboa - De acordo com observadores, atentos, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos ainda não atendeu a uma comunicação/pedido do ministro da Defesa Nacional, João Gonçalves Lourenço que visa formalizar a promoção de quadros do órgão que dirige pertencentes a classe de oficiais generais.
Fonte: Club-k.net
As propostas foram enviadas ao Gabinete presidencial, há dois meses, e julgava-se que o mesmo assinaria antes da sua viagem privada a Espanha, Barcelona. Regressado, daquele país, o Presidente voltou a não dar sinais ou resposta sobre o processo, uma vez que a lei de Defesa determina que as promoções a nível da classe dos oficiais generais devem ser aprovadas por despacho presidencial, pelo punho do comandante em chefe das FAA, que é a sua pessoa.
Fontes do regime julgavam que o atraso poderia se dar por causa de um alegado estado de convalescência do Presidente, porém, foram surpreendidos com movimentações que efectuou nesta quinta-feira ao exonerar dois governadores provinciais deixando de lado as propostas do ministro da Defesa. Antes disso aprovou uma outra proposta que devolve ao país a fabricação local de uniformes para os soldados.
De acordo com a característica do modo de liderança e trabalho de JES, quando o mesmo não concorda com um proposta enviada ao seu gabinete, ao invés de mandar retificar ou dizer diretamente que “não aceita”, opta por não responder ao remitente.
Antecedente do silencio de JES
Por exemplo, o jurista Aguinaldo Jaime, desde que foi nomeado Presidente da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), nunca foi recebido pelo PR. Checou a escrever uma carta solicitado audiência e até ao momento, JES nunca o respondeu. Um caso idêntico aconteceu com o actual embaixador de Angola, no Botswana, Jose Agostinho Neto. O diplomata escreveu há 10 anos uma carta pedindo que o afastassem do cargo devido a idade avançada e o Presidente nunca o respondeu mas por outro lado colocou o idoso no Comitê Central do MPLA, no último congresso.