Lisboa - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos confiou, há dias, a Omatapalo, uma empresa onde o general Kundi Paihama detém 25 por cento das ações, a construção de um monumento destinado ao soldado desconhecido, no valor total equivalente em Kwanzas a USD 12.834.974,63. A aprovação das minutas do contrato - sem concurso público - constam no Despacho Presidencial n.º 126/17 que o Club-K teve acesso.
Fonte: Club-k.net
Compadrio no regime embaraça promessas de João Lourenço

Para a fiscalização sobre a referida Empreitada, o Presidente confiou os trabalhos a ADIMACU, uma empresa na qual o diretor do seu gabinete, Manuel Paulo Cunha, e a vice-governadora do Zaire, Ângela Maria Botelho de Carvalho Diogo detém cada, 37,5% das ações. O contrato com a ADIMACU está no valor de Kz: 125.608.295,43;
Para Coordenação da Empreitada, foi contratada a DAR — Angola Consultoria, Limitada, uma empresa pertencente a um empresário libanês Ramzi Ramez Klink, amigo pessoal do Presidente José Eduardo dos Santos e membro fundador da FESA. O contrato com a DAR, neste trabalho, esta no valor de Kz: 53.906.893,46.
Em meios do regime, que acompanham o assunto, tem sobressaído receios de que a distribuição de negócios por parte de JES a estas pessoas de sua confiança, possam embaraçar as promessas do candidato do MPLA, de combate ao compadrio, em Angola.
Já há poucos dias, em Washington, o defensor dos direitos humanos, Rafael Marques de Morais manifestou dúvidas de que o candidato do MPLA à Presidência, da República, João Lourenço, leve a cabo um combate sério contra a corrupção caso vença as eleições de Agosto.
“O MPLA é hoje uma sociedade anónima de corrupção e para ele acabar com a corrupção terá de mandar pelo menos metade dos seus colegas para a cadeia e ele não fará isso”, disse Marques, que comentava as repetidas promessas de Lourenço de lançar uma campanha séria contra a corrupção.

Local de construção do monumento do soldado desconhecido em Luanda