Lisboa –   As autoridades angolanas amnistiaram o PCA das Edições Novembro e DG do Jornal de Angola dos crimes que vinha sendo acusado pelo Tribunal de Contas mas com a condição de  ressarcir   ao  Estado  cerca dos  mais de 30 milhões de dólares desviados na sua gestão.
 
Fonte: Club-k.net
 
Crime de corrupção: mas terá de devolver USD 30 milhões  ao Estado
 
Tudo começou quando no inicio de 2016, o Tribunal de Contas de Angola remeteu uma comunicação ao Jornal de Angola contra quatro dos gestores da sua administração  nomeadamente Antônio José Ribeiro, o seu PCA, Eduardo João Francisco Minvu (administrador administrativo e financeiro), Mateus Francisco João dos Santos Júnior (responsável para a Distribuição e Circulação) e José Alberto Domingos (ex-responsável da área Comercial).
 
Dos quatros gestores apenas o PCA Antônio José Ribeiro, o seu financeiro Eduardo João Francisco Minvu que foram apontados como os principais visados a quem o Tribunal de Contas solicitava  a devolução ao Estado dos prejuízos da má gestão e das verbas descaminhadas, obrigando a revisão das práticas de gestão até agora praticadas na empresa.
 
De acordo com um resumo, o Tribunal de Contas havia verificado  as seguintes irregularidades e descaminho na gestão do PCA, José Ribeiro:
 
-- Milhões em dívidas à segurança social, além de outros tantos em outras obrigações fiscais.
 
-- Compras sem comprovativos, pagamentos excessivos a colaboradores fantasmas.
 
-- Pagamentos a prestadores de serviço que se supõe serem propriedade directa ou indirecta dos dois principais visados (negócios com empresas próprias).
 
-- Intermediações de negócios sem necessidade apenas para encarecer os produtos e serviços.
 
-- Ausência de concurso públicos nas compras e adjudicações de obras. As mesmas foram feitas sem consultas e parecer do Conselho de Administração da empresa.
 
-- Aquisições de papel fora do parâmetro das máquinas rotativas, obrigando a enormes desperdícios diários de toneladas de papel.
 
-- Usurpação de competências e funções de outros administradores, ficando a empresa a ser gerida unicamente por José Ribeiro e Eduardo Minvu, o responsável pelas finanças.
 
-- Veículos comprados pelo Jornal de Angola  na Organizações Chana que não fazem parte da lista dos bens patrimoniais da empresa  (camião marlife, autocarros, cisterna) no valor de U $ 2.621.000.,00.
 
 
Entre as apurações do Tribunal de Contas consta também um numero elevado de casas arrendadas sem que os seus ocupantes tenham qualquer vínculo laboral com a empresa. 
 
 
Foi ainda verificado um numero de viagens internacionais (bilhetes de passagens comprados numa empresa DALIAS - Agência de Viagens e Turismo, Limitada) cujos beneficiários não são funcionários do Jornal de Angola. 
 
 
Antônio José Ribeiro dirige o Jornal de Angola há mais de 10 anos. Desde que regressou a Angola, vindo de Genebra onde estava colocado como adido de imprensa, continua a viver numa casa na Maianga arrendada pelas Edições Novembro (EN) e que custa mais de 13 mil dólares por mês.
 
 
 O seu adjunto, Vitor Carvalho, também vive em casa alugada em Talatona a expensas da empresa, desde que regressou de Harare onde também era adido de imprensa, quando antes já possuía residência no país.