Lisboa – As autoridades angolanas amnistiaram o PCA das Edições Novembro e DG do Jornal de Angola dos crimes que vinha sendo acusado pelo Tribunal de Contas mas com a condição de ressarcir ao Estado cerca dos mais de 30 milhões de dólares desviados na sua gestão.
Fonte: Club-k.net
Crime de corrupção: mas terá de devolver USD 30 milhões ao Estado

Dos quatros gestores apenas o PCA Antônio José Ribeiro, o seu financeiro Eduardo João Francisco Minvu que foram apontados como os principais visados a quem o Tribunal de Contas solicitava a devolução ao Estado dos prejuízos da má gestão e das verbas descaminhadas, obrigando a revisão das práticas de gestão até agora praticadas na empresa.
De acordo com um resumo, o Tribunal de Contas havia verificado as seguintes irregularidades e descaminho na gestão do PCA, José Ribeiro:
-- Milhões em dívidas à segurança social, além de outros tantos em outras obrigações fiscais.
-- Compras sem comprovativos, pagamentos excessivos a colaboradores fantasmas.
-- Pagamentos a prestadores de serviço que se supõe serem propriedade directa ou indirecta dos dois principais visados (negócios com empresas próprias).
-- Intermediações de negócios sem necessidade apenas para encarecer os produtos e serviços.
-- Ausência de concurso públicos nas compras e adjudicações de obras. As mesmas foram feitas sem consultas e parecer do Conselho de Administração da empresa.
-- Aquisições de papel fora do parâmetro das máquinas rotativas, obrigando a enormes desperdícios diários de toneladas de papel.
-- Usurpação de competências e funções de outros administradores, ficando a empresa a ser gerida unicamente por José Ribeiro e Eduardo Minvu, o responsável pelas finanças.
-- Veículos comprados pelo Jornal de Angola na Organizações Chana que não fazem parte da lista dos bens patrimoniais da empresa (camião marlife, autocarros, cisterna) no valor de U $ 2.621.000.,00.
Entre as apurações do Tribunal de Contas consta também um numero elevado de casas arrendadas sem que os seus ocupantes tenham qualquer vínculo laboral com a empresa.
Foi ainda verificado um numero de viagens internacionais (bilhetes de passagens comprados numa empresa DALIAS - Agência de Viagens e Turismo, Limitada) cujos beneficiários não são funcionários do Jornal de Angola.
Antônio José Ribeiro dirige o Jornal de Angola há mais de 10 anos. Desde que regressou a Angola, vindo de Genebra onde estava colocado como adido de imprensa, continua a viver numa casa na Maianga arrendada pelas Edições Novembro (EN) e que custa mais de 13 mil dólares por mês.
O seu adjunto, Vitor Carvalho, também vive em casa alugada em Talatona a expensas da empresa, desde que regressou de Harare onde também era adido de imprensa, quando antes já possuía residência no país.