Lisboa – Três ministros angolanos (Transportes, Saúde e energia e Agua) voltaram a usar os seus cargos públicos, em beneficio da campanha eleitoral do candidato do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, que neste fim de semana deslocou-se a província de Benguela.
Fonte: Club-k.net
Em violação a lei eleitoral que proíbe o uso de fundos públicos para campanha

Quando João Manuel Gonçalves Lourenço, chegou a província, o ministro dos transportes Augusto da Silva Tomás levou-o a ir constatar o funcionamento do Porto do Lobito e da empresa do Caminho de Ferro de Benguela.
Na empresa do Caminho de Ferro de Benguela, o também vice-presidente do MPLA fez-se à cabine de uma das vinte novas locomotivas modelo C30ACi, dispostas na estação zero (do Lobito), tendo ligado a chave dando como que o ponta-pé de saída para o funcionamento destes equipamentos de ponta.
Por sua a vez, o Ministro da energia e Agua, João Baptista Borges levou o candidato do MPLA, a visitar a Estação de Tratamento de Água (ETA) do município de Benguela, a fim de se inteirar do plano geral do sistema de abastecimento de água aos municípios de Benguela e Baía Farta.
Já o Ministro da saúde, Luís Gomes Sambo, acompanhou a delegação do MPLA a visitar a Pediatria e o Centro de Hemodiálise. Lourenço ofereceu uma ambulância nova e quites de medicamentos essenciais para o reforço da capacidade de assistência medicamentosa que, segundo a sua directora, Esmeralda Morais, vai melhorar o desempenho hospitalar.
De acordo com consultas, seria normal se João Lourenço fosse a visitar província de Benguela, em missão de Estado e nas vestes de Ministro da Defesa Nacional com os seus colegas do governo. Mas nestas condição ficaria impedido de se apresentar como Vice-Presidente do MPLA, e candidato às próximas eleições de 23 d Agosto, para não haver aproveitamento e conflito com a lei.
Conforme aconteceu, os três ministros (transporte, Energia e Saúde ) viajaram a Benguela em missão de Estado e com altos funcionários dos seus gabinetes, com passagens, hospedagem e alimentação pagas com fundos do erário público. A conduta dos três governantes, viola assim, a lei eleitoral que proíbe o uso de fundos públicos para o favorecimento de campanha eleitoral de algum partido ou candidato.
Ângela Bragança e Inhanga de Assunção, ambos secretario de Estado das relações exteriores e urbanismo que também integraram a caravana do candidato do MPLA, não terão violado a lei, visto que em momento algum anunciaram ou deram sinais que a sua viagem fosse em missão de Estado. Ambos comportaram-se unicamente como membros do MPLA.

