Lisboa – O Governador provincial e primeiro Secretario do MPLA, no Cunene, general Kundi Paihama acionou o Serviço de Investigação Criminal (SIC) para proceder a busca e apreensão de duas viaturas de marcas Toyota-Land Cruizer, em posse de “Meke” Didalelwa, filho do falecido governador Antônio Didalelwa.
Fonte: Club-k.net
Rivalizou-se com a memória do antecessor, já falecido
Paihama, segundo consultas, desconfia que as duas viaturas pertencem ao governo provincial do Cunene, razão pela qual os agentes do SIC, compareceram nesta sexta-feira, na residência do falecido governador, na província da Huíla, para realizar a sua apreensão.
O mandado de revista e busca e apreensão foi assinado aos 13 de Julho, pelo diretor provincial do SIC, do Cunene, Pedro João Antônio ordenando “qualquer agente de autoridade judicial ou policial proceda-se a revista, busca e apreensão na residência do cidadão 'Meke', residente algures na cidade do Lubango devendo apreender duas viaturas bem como outros artigos susceptíveis de crime”. O documento que o Club-K teve acesso diz ainda que “é permitida a entrada no domicilio e seus arredores”.
A família do falecido Antônio Didalelwa nega que as viaturas pertencem ao Estado angolano e apresentaram uma reclamação junto ao MPLA, em Luanda, sobre a conduta e marginalização que Kundi Paihama estaria a exercer contra eles.
Desde que assumiu o cargo, em Setembro de 2016, na sequencia do falecimento Antônio Dilalalwa, o general Kundi Paiham, já foi destaque nos jornais de fim de semana em Luanda com matérias que o acusavam de perseguir a família do seu antecessor. Na mesma tônica, a pagina “Angola depressiva”, no facebook, também dedicou-lhe algumas linhas dizendo que “Kundi Paihama, recebeu os carros da casa do falecido governador do Cunene António Didalelwa, os filhos do malogrado estão surpresos e tristes com o actual governador Kundi Paihama, está a receber tudo, até a última carrinha de apoio à viúva”.
Para além dos confiscos das viaturas, o general Kundi Paihama exonerou muito recentemente, sem consultar o MAT, os diretores provinciais do urbanismo (Claudio Kondjassile), o da cultura (Vicente) a directora dos recursos humanos (Salomé), o administrador municipal do Kwanhama (Gonçalves Namweya), a administradora do Cuvelai, (Margarida Ulissavo), sob acusação de terem sido muito próximos ao falecido governador Antônio Didalelwa.