Lisboa - Na última vez que o candidato do MPLA, João Lourenço convocado para consultas, o Presidente José Eduardo dos Santos aproveitou a ocasião para transmitir-lhe no próximo governo deverá integrar o jurista Carlos Maria Feijó como seu Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil.
Fonte: Club-k.net
General “Kopelipa” continuará como chefe da casa militar

Carlos Maria Feijó o “candidato” a chefe da Casa Civil – no governo de João Lourenço - é um dos mais categorizados juristas do regime. Dentro do MPLA e na sociedade civil angolana acusam lhe de ter sido o idealizador da actual constituição atípica que congrega vários poderes ao Presidente da República.
Desde que os médicos lhe declararam sobre o seu estado de saúde que culminou com o seu anuncio de abandono da vida politica, o Presidente José Eduardo dos Santos tem avançado com diligencias no sentido de impor ao futuro presidente, os seus colaboradores mais próximos. Inicialmente havia estudado a hipótese de deixar João Lourenço na Presidência da República e como vice-Presidente do MPLA e em 2018, realizar um congresso que poria Manuel Vicente como líder do partido. O plano para a liderança partidária não resultou porque Vicente rejeitou ser o seu substituto na liderança do partido apresentando a sua indisponibilidade.

Apesar de estar a coordenar a campanha do candidato do MPLA, o general Manuel “Kopelipa” não é descrito como não sendo da linhagem de João Lourenço. “Kopelipa” faz parte do grupo da presidência que no passado convenceu JES a afastar João Lourenço do cargo de SG do MPLA. Quando o Presidente decidiu reabilitar e nomear Lourenço como ministro da defesa nacional, não comunicou a sua decisão ao Chefe da Casa Militar supostamente para evitar sugestões contrarias.
Nos últimos tempos, o general “Kopelipa” juntou-se a Carlos Feijó, aliança esta que os habilitou a convencer JES a elaborar a polêmica lei que impede o próximo presidente de mexer nas chefias militares. Coube ao general “Kopelipa”, fazer apresentação da mesma lei ao parlamento tendo argumentando que os militares obedecem ao poder político mas não podem ser nomeados por conveniência política, por serem homens disciplinados numa carreira hierquizada e apartidária.
De acordo com leituras pertinentes, é desejo do general “Kopelipa” continuar como Chefe da Casa Militar no próximo governo para ficar protegido do levantamento de acusações criminais que a justiça portuguesa está a preparar contra a sua pessoa.
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