Huambo - No mundo de hoje, com excepção de 4 ou 5 países, quase todos realizam eleições periódicas. Curiosamente, até as ditaduras mais desavergonhadas também são legitimadas por eleições, pelo menos legislativas. Na Suazilândia, que é uma monarquia, material e formalmente primitiva também realizam eleições e se arrogam democráticos. Pelo menos, os analistas políticos da TPA, aquelas “Peças da Índia”, aqueles angolanos incoerentes e comerciáveis  em Angola quando ruminavam queixumes contra os revolucionários que assassinaram o Coronel Mwamar Khadaffi, diziam que Kadhaffi era um dos mais democráticos líderes africanos! 
 
Fonte: Club-k.net
 
Os países do mundo, hoje, olham para a democracia baseada em eleições como o método de sobrevivência e a comunhão no logo universal mais aceitavel para sobreviever na era do fim formal dos poderes absolutos dos Senhores da Guerra e do Dinheirol. Mas quando olharmos para o processo, o comportamento, as atitudes, as ideias, as crenças e as práticas dos organizadores das eleições poderemos facilmente entender que as eleições não são necessáriamente democracia e sim um dos sintomas da democracia. Sem esforço aferimos ilações de que a maior parte das eleições actuais não coincidem com  a sua democratização. Angola é um desses países que vem encenando eleições porém manejando a Sede do Poder detido há longos 42 anos pelo mesmo partido hegemónico que é o MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola, que na sua essencia, nas suas práticas, políticas, ideias e crenças é uma das mais perigosas e irracionais ditaduras. 
 
 
Angola monolítica, acabou de realizar pela 4ª Vez as Eleições encenadas. No intervalo entre as eleições de 2012 até as eleições de 2017, eu fiz aproximadamente 80 palestras, debates e conferências nas províncias incluindo Luanda e desses debates incluiu 2 numa das Jornadas Parlamentares dirigidas aos deputados da Nação e também no exterior do País dirigidos à comunidade internacional, entre vários temas liderou a escolha: “ COMO DEMOCRATIZAR OS PROCESSOS ELEITORAIS EM ANGOLA... e como  DEFENDER OS DIREITOS HUMANOS EM ANGOLA.”. Numa dessas conferências,  muitos militantes fanáticos do MPLA ficaram indignados porque não querem que o País mude para melhor e argumentom que Angola é uma das melhores democracias no mundo e realiza periodicamente as eleições inquestionaveis pela lisura...
 
VAMOS AINDA PARA SALA DA HISTÓRIA DE ANGOLA
 
O primeiro presidente de Angola era proveniente do MPLA, e morto na URSS. Fora  substituido há 38 anos pelo actual presidente que também é do MPLA. Reza a história que a URSS mal conhecia o MPLA e sim se simpatizava pela FNLA nos idos anos 60 do século XX. Mas Agostinho Neto era filho querido dos Portugueses por esta razão a luta do MPLA contra o colonialista português era quase uma faixada porque o temido pelos portugueses era mesmo a FNLA que matou muitos brancos para forçar a Independência e nessa altura o Dr António Agostinho Neto não impunhava arma em Angola e sim médico famoso em Portugal e Cabo Verde. Naquela altura a Esquerda Portuguesa buscava apoios na URSS e CUBA para promover o MPLA e identificou Agostinho Neto (que não é fundador do MPLA) a ser introduzido no MPLA e se apropriar dele. Tal veio acontecer um pouco depois de 1962. 
 
 
A fidelidade do MPLA à URSS em troca de apoio militar e logístico fez com que o MPLA fizesse um acordo tácito ou mesmo manifesto de que se a URSS o conduzir ao Poder em Angola depois da Independência, em troca implementaria o Comunismo na região austral e inocular esta ideologia a nivel de toda Africa... Com o Lobby do Partido Comunista Português liderado pelo Álvaro Cunhal e Jerónimo Gonçalves então o Dr Neto se impos ao MPLA como sua propriedade em tão pouco tempo. Expulsou o Viriato da Cruz que se exilou na China onde veio a sucumbir de forma degradante e o Mario Pinto de Andrade exilou-se em França ambos eram mentores de valores no MPLA. Desde aquele momento o Dr Agostinho Neto se impos como fundador do MPLA e seu principio e fim! O Dr Agostinho Neto médico e poete nunca fora um político relevante, a sua pequena experiência política fora uma metamorfose inventada pelo Partido Comunista Português que não conseguindo implantar o Comunismo em Portugal sonhara fazê-lo na “Jóia da Coroa”. Para tal deveriam contar com as armas e o dinheiro da URSS e os homens de Cuba cujo acordo começou a ser celebrado em 1968 e que por ocasião de Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974 Agostinho Neto estava totalmente feliz porque estava garantida a sua ascensão a Presidente de Angola custe o que custasse sem passar por crivo eleitoral. 
 
15 de Janeiro de 1975 rubricou-se os Acordos de Alvor, depois dos Acordos de Mombança, Lusaka e Nankuro mas Agostinho Neto e o seu MPLA ja tinham o plano de capturar o País como forma de garantir o monopartidarismo como resposta de fidelidade a URSS que dá apoio militar e logístico ao MPLA. Então os Acordos eram já uma encenação quando os resultados preconizados já estavam na mão do MPLA. Porém, os acordos serviriam para ludibriar os incautos e legitimar internacionalmente o seu Poder como acontece com as actuais eleições. Nessa altura o bode expiatório fora a FNLA e UNITA considerados matumbos e canibais. O MPLA provocou tumultos desde Maio de 1975 para inviabilizar o Governo de Transição e o processo de Independência  bem como a futura implementação do multipartidário em Angola. Em breve o MPLA começou a guerra que culminou na proclamação unilateral da Independência depois de escorraçar de Luanda a FNLA e a UNITA. Nessa altura os primeiros contigentes Cubanos já estavam a espera em Angola muitos meses antes da Independência e os materiais bélicos sofisticados vieram da URSS e embarcaram no Congo Brazzaville a favor do MPLA. 
 
 
Assim o MPLA faz nos meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro de 1975 a sua primeira e mais emblemática fraude, para se apoderar de Angola sozinho e o fardo pesado ficou com a UNITA que entrou nas matas. 
 
A FNLA sucumbiu e a UNITA emprenhou-se nas matas para resistir antes a investida crudelíssima da URSS e CUBA a favor do MPLA. Em 1976 a Africa do Sul temendo que o Comunismo iria se espalhar pela Africa Austral e seu Poder regional seria ameaçado então entendeu criar um posto avançado em Angola e aliou-se a UNITA, cujos objectivos imediatos seriam proteger a actual Namíbia. 16 anos depois de uma guerra fractricida que o MPLA só não comprou bombas atómicas para dizimar metade de Angola porque a comunidade internacional não dera aval. O bode expiatório fora a UNITA e os Racistas Sul-Africanos porque o MPLA se achava benigno apesar de ser o unico partido que mais bilhões de USD gastou comprando aviões militares, máquinas de guerra e outros meios letais para supostamente dizimar os guerrilheiros rurais da UNITA. O MPLA não ganhou a guerra na altura e entendeu que sua sobreviência dependia de fazer paz porque a Paz é o meio mais eficaz de controlar as armas do adversário. O objectivo do MPLA em fazer a paz não era o bem. Mas sim para ter o monopolio do uso das armas. E conseguiu! As fraudulentas primeiras eleições foram em Setembro de 1992. Mas a máquina da fraude não era ainda refinada. O Dr Caetano de Sousa na altura Presidente do Conselho Nacional Eleitoral como era chamada a actual CNE protagonizara uma fraude que não deu victória ao Presidente José Eduardo dos Santos. Não conseguiu atingir a cifra necessária para ser consagrado Presidente da República e teria que ir para a segunda volta. Ele JES entendeu finalmente que o povo angolano não gosta dele. Usou o seu MPLA arruaceiro que criou tumultos em Luanda que a UNITA não tolerou e reagiu, o que reacendeu a guerra. Depois o MPLA inventou uma mentira oficiosa usando a sua mídia de propaganda e a comunidade internacional comprada a petróleo na altura dizendo que Jonas Savimbi teria rejeitado os resultados eleitorais e recomeçado a guerra. Suponho eu que se a UNITA tivesse começado a guerra não estaria tão distraído a ponto de o MPLA assassinar o vice-presidente da UNITA e outros dirigentes de topo. Mas a UNITA fora feito bode expiatório na altura. 
 
 
Nos labirintos das secretas militares encontrei informação ultrassecreta que dizia que “...vamos induzir Savimbi em guerra. O nosso presidente José Eduardo dos Santos apenas cessa suas funções com a tomada de posse do novo presidente eleito e se recomeçar a guerra ele jamais sai do Poder então não tem nada a perder. Então grandes chefes militares devem lançar isca ao Savimbi lhe dizendo que ganhou as eleições ou o José Eduardo cede o Poder ou então Savimbi deve reivindicar sua victória com a ponta da espingarda...” foram tantas as provocações que culminaram no reinicio da guerra e Dos Santos apanhou boleia da guerra e não saiu do Poder e está até hoje e o bode expiatório ficou a UNITA depois de perder seus dirigentes nos massacres de Luanda em 1992.
 
 Nessa altura os resultados das eleições legislativas deram uma victoria ao MPLA que lhe permitiu eleger 129 deputados. Os restantes assentos (mais de 90) ficaram repartidos pelos partidos da oposição onde a UNITA liderava com 70  Deputados. Por esta razão o MPLA não conseguiu impor o seu fardo de ditadura e governou com a UNITA e outros partidos durante 16 anos (1992 até 2008 estamos lembrados do GURN).
 
 
Em 2008 Angola realizou as segundas eleições legislativas. O MPLA fez uma fraude monumental. Conseguiu 82% dos votos ( mas foram votos falsos). A INDRA vendeu ao MPLA 26 milhões de boletins de votos e o MPLA apenas apresentou em Angola um pouco mais que 10 milhões. Os restantes boletins foram preenchidos pelo proprio MPLA e se atribuiu 82% dos votos e elegeu 191 Deputados. 
 
 
Essa argamassa parlamentar lhe permitiu aprovar a constituição atípica de Fevereiro de 2010 sem o contraditório. Eu participei na 1ª pessoa no debate da Constituição, reuni com todos os grupos parlamentares. Até eu reuni também com o Dr Pinheiro representando o Quintino Moreira que era da AD-Coligação que fez naquela altura o jogo do MPLA. Lembro como hoje que  a AD-Coligação funcionava num contentor, no jardim da Sede do Parlamento. Essa Constituição visava salvar a pele do PR José Eduardo dos Santos porque temia que o MPLA o iria abandonar tendo em conta que os Angolanos gostam do MPLA mas não morrem de amor pelo seu PR José Eduardo dos Santos, o pequeno amor que lhe têm é-o a custa de bilhões de dólares americanos para comprar a bajulação e adulação. Então inventou o tipo de constituição que ao gostar de um Partido automaticamente você gosta também do tal Presidente (Art 109º da CRA). Para a sugestão dessa Constituição atípica alguns portugueses constitucionalistas de renome em Coimbra, tal como o actual Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa contribuiram para a arquitectura da Constituição atípica por intermédio dos seus ex-alunos que hoje são uns verdadeiros predadores da democracia e vivem à custa de promover as fraudes para se alimentarem de pequenas migalhas que caem das barbas do Poder.
 
 
Em 2012, realizou-se as 3ª eleições legislativas como o primeiro ensaio da Constituição Anómala de Angola. O MPLA com ajuda da CNE na voz da Dona Julia Ferreira e André Neto (actuais poderosos da Fraude) depois do debate aceso sobre a ilegalidade da Suzana Inglês....na fase pré eleitoral e pós eleitoral eu fiz parte (como coordenador) da Plataforma Nacional da Sociedade Civil que ja participou do debate de várias leis que vinham para coarctar os direitos fundamentais. Essa plataforma chama-se GTMDH-Grupo Técnico de Monitoria dos Direitos Humanos em Angola. Nesta qualidade, eu coordenei o grupo que na fase de campanha denunciou os indícios de fraudes de todo o processo, reunimos com o Presidente da UNITA por mais de 4 vezes. Reunimos com o Conselho Presidencial da CASA-CE no seu quartel general de campanha na rua da Martal e outras reuniões na Maianga; reunimos depois com o Bureaou Político do MPLA na pessoa do seu secretário geral, reunimos com o Tribunal Constitucional na pessoa do seu Presidente e sempre debatemos que havia fortes indícios de injustiça eleitoral que seu dolo poderá ser definido como FRAUDE numa altura em que Angola não tem tribunal eleitoral e o contensioso eleitoral sempre age a favor do MPLA: “a justiça não é justiça senão o benefício para os mais fortes...”. 
 
 
Fomos sofismados pelos protagonistas e ignorados parcialmente pelos partidos concorrentes menos a UNITA que acatou muito bem nossas recomendações. Fomos nós que introduzimos no vocabulário politico-eleitoral angolano o conceito de OBSERVAÇÃO PARALELA como mecanismo importante na região da SADC devido a predisposição dos partidos hegemónicos em fazer fraude. Denunciamos que às escondidas a Casa Militar da Presidência da República estava a cozinhar resultados eleitorais à margem da CNE e que pretende atribuir 20% à UNITA, atribuir 10% à CASA-CE e punir o PRS acusado de agitar o povo Lunda a se rebelar contra o Estado por meio do auto-definido como Protectorado Lunda-Tchokwe, alertamos que o aparelho de Fraude montado na Presidência sob liderança do Brigadeiro X, a mando do General Kopelipa, seria bom que os partidos da oposição fossem muito mais sérios, coerentes e idónios em acatar as denúncias antes e confrontar as evidências. 
 
 
Dia 31 de Agosto realizou-se as eleições e nós (GTMDH) montamos uma equipa de observação paralela que conseguiu colher informações de mais de 13 Províncias e constatamos que havia quase equilíbrio de votos entre o MPLA, a UNITA... No entanto os resultados reais que vieram das Assembleias de Voto, das Mesas de Voto, do Município eleitoral e da Província Eleitoral não foram validados. Leu-se os resultados que a Casa Militar da Presidência da República fabricou e atribuiu aos partidos da Oposição e tal como nós ja haviamos denunciados no mês de Abril de 2012, no acto do Escrutínio ja anunciado pela dona Julia Ferreira, daqueles 20% que denunciávamos que estavam a ser cozinhados para UNITA baixaram 2% e lhes deram 18% o que veio a dar 32 deputados, dobrando os Assentos Parlamentares que tinham em 2008 que eram 16. Naqueles 10% da CASA-CE baixaram para 8% o que lhes brindou com 8 deputados que eram os que o PRS tinha-se lhe atribuido em 2008. O PRS tal como previámos fora punido de 8 deputados para 3. A FNLA punida de 3 para 1. E a AD-Coligação do Quintino Moreira fora destruída porque ele não mostrou crescimento e assumia ser lacaio do Regime, então o aprendiz da política, Quintino Moreira envergonhava o seu mentor que é o MPLA, por isso já não entrou no Parlamento no intervalo de 2012 à 2017.
 
 
 
Terminado este processo, nós sugerimos aos partidos da Oposição que impugnassem não os resultados mas o processo como um todo e que mesmo tomando posse como deputados, os processos em juízo deveriam continuar para se punir individualmente os implicados, a UNITA produziu 64 páginas de um processo de crimes eleitorais com mais de 100 provas e uma lista enorme dos suspeitas de protagonizar tal fraude e que o nº 1 dos indiciados é o Cidadão José Eduardo dos Santos, nº 2 é o cidadao Bornito de Sousa, o nº3 é o Jovem Intelectual Adão de Almeida (vítima da situação dos velhotes) e por ai adiante mas neste processo intentado pela UNITA entrou 18 Presidentes das CNE e alguns generais dentre os quais o Kopelipa e o General  Nguto supondo que é proprietário de um HOTEL em Cabinda onde teve lugar a obstrução da geografia eleitoral por meio de abstenções induzidas, cujos tecnocratas eram 3 cidadãos chineses contratados para tal e incluidos no processo. A PGR até hoje recebeu o processo e não investigou. A CASA-CE impugnou junto do Tribunal Constitucional e este considerou infundavel a queixa da Oposição. 
 
Sugerimos que em Angola se criasse um tribunal Eleitoral e um tribunal Supremo Eleitoral. Mas nada isto interessou ao MPLA e não vingou. 
 
 
Em 2015 o MPLA ressucitou o Quintino Moreira e patrocinou-lhe a construção de sua facção com cores da bandeira parecida com a UNITA e esta inconformada apresentou queixa ao tribunal Constitucional para este impugnar a Bandeira do Quintino Moreira e o tribunal Constitucional fez vistas grossas e Quintino Moreira viu sua facção ser chamado Partido e talvez o MPLA patrocinou novamente as assinaturas e Quintino Moreira qualificou-se a concorrer em eleições aproveintando mamar nas xuxas do Estado um rio de dinheiro...pronto!  
 
 
A fraude monumental de 2017 consiste em que, o MPLA ja fabricou os resultados eleitorais antes. Atribuindo para si as suas amadas maiorias qualificadas para governar sozinho para não repetir a heresia de dar mais de 90 deputados a Oposição para não se lhe opor nas suas leis que abrem auto-estradas de roubos da coisa pública destruindo inexoravelmente o patrimonio público e anulando a prosperidade pública. A corrupão endémica é protegida pela lei. O nepotismo é protegido pelos decretos, decretos-leis e pelas leis propriamente ditas. Os massacres de inocentes são consolidadas pelas leis marciais que condenam inocentes e libertam culpados tudo isto começa na fraude eleitoral e se processa no País e tem como meta a atingir manter esta cadeia infinda de injustiças e destruição paulatino do conceito de soberania popular e por esta via destroi-se o próprio conceito de Estado Democrático de Direito. 
 
 
Durante o acto da votação, tanto os funcionários efectivos das CNEs nos Municípios e Provincias como os infelizes empobrecidos recrutados, não tiveram subsídios, não tiveram alimentação, foram totalmente desprezados, durmiram ao relento por lhes faltar transporte de regressar a casa depois do acto de votação. Porque  o MPLA não precisou tratar com carinho esta juventude servidora da Pátria porque os resultados do MPLA ja estavam fabricados meses atrás por isso não precisou (MPLA enquanto Governo) de tratar bem a juventude nas Assembleias de Voto porque não tinha nada a perder. 
 
 
A votação correu de forma tranquila e bem. Não houve graves incidentes. O MPLA ganhou nuns lugares e perdeu noutros como é natural não é possivel agradar a todos. Mas o MPLA não acredita no seu trabalho, no seu governo, foge a sua propria sombra por isso de forma prudencial e esperteza, ja guardou resultados falsos que ele proprio inventou por seu bel prazer antes das eleições do dia 23 de Agosto de 2017 à semelhança do que fez em 2008 e 2012.
 
 
A dona Julia Ferreira escorregou por precipitação. Leu os resultados provisórios a partir de um sonho quase alucinante porque nas 18 províncias nisto incluimos Luanda que é a sede da CNE, nos 164 Municípios, nas 557 Comunas ninguém enviou algum dado provisório a sede da CNE. Ninguém mandou o faxe para Julia Ferreira. Os dados que ela leu fora entregue como barra de chocolate a partir do MPLA numa altura em que ainda nenhuma urna tinha sido aberta nas províncias. Bem feita!! “ o PODER CEGA a inteligência e o juizo!
 
 
Então os resultados reais das eleições foram transformados pelo MPLA como apenas uma peça de teatro. Os comissários e delegados de listas foram feitos apenas palhaços e fantoches. O povo foi novamente abusado, não foi a lavra, a pesca, a caça, ao trabalho, enfim ficou parado julgando que iria contribuir para colocar no Poder o Governo que gostaria de ver. Ledo engano foi apenas uma encenação, uma anedota, um conto de fadas porque o MPLA ja tinha resultados que ele matematicamente arrumou como pedrinhas de Wela. Resumindo tirei de um meu amigo do FACEBOOK  este resumo: 
 
Eleições de 2008
Eleições de 2012
Eleições de 2017
MPLA obteve 191 deputados
MPLA 175 deputados
Inicialmente MPLA estava a falar em 154 deputados
UNITA 16 deputados
UNITA 16+16 e deu 32 deputados ! boa coincidencia
UNITA 48 ou seja 16+16+16 e depois corrigiram lhe aumentaram 3 para ser 51 
PRS 8 deputados
PRS desceu para 3
PRS 1 ou 2
FNLA 3
CASA-CE ficou com 8 
CASA-CE 8+8=16
AD-Coligação 1
FNLA 1
FNLA 1
 
FAZENDO ANÁLISE:
 
1- A UNITA em 2008 teve 16 e acrescentaram mais 16 deputados em 2012, agora em 2017 prevê mais um acréscimo de 16 Deputados, prevendo 48 deputado. Que tipo de eleição dá equitativamente número coincidentes durantes três pleinos eleitorais? 
 
2- Os resultados obtidos pelo PRS (8 deputados) em 2008, foram invertidos para CASA-CE em 2012.
 
3- A CASA-CE aparece prevendo crescer mais 8 deputado, dobrando o mesmo resultado para 2017 (16 deputados).
 
3- PRS saiu de 8 que passou para CASA-CE e ficou com os 3 deputados (em 2012), que a FNLA havia obtido em 2008. 
 
3- Agora o PRS prevê decrescer para 2 deputados que anteriormente estão à disponibilidade da FNLA. Qualquer um desmiolado poderia acreditar que se tratava de uma coincidência maquiavélica e pior um pouco os lúcidos angolanos e nunca jamais acreditariam neste conto de fadas de elições democráticas. Isto nunca foi eleição alguma isso é apenas uma questão de legitimar a fraude. 
 
MINHAS RECOMENDAÇÕES:
 
1º PARTIDOS DA OPOSIÇÃO SOBRETUDO UNITA, CASA-CE E PRS
 
1) Não percam tempo a impugnar os resultados no Tribunal Constitucional porque dirão aquilo que sempre vos disseram; “a vossa queixa é improcedente...”. Não existe a melhor maneira de julgar o presente senão pelo passado. A julgar pelo passado nenhum processo em justiça angolana favoreceu um dia a oposição por isso não recorram. Absolutamente não recorram a uma justiça comprada à dinheiro. Exijam que a CNE valorize o conteudo das actas locais como o fez em Cabinda e que o faça para as 18 Províncias. Todos os municipios e comunas e nós estamos ávidos de saber a verdade e se for para ganhar o MPLA irá ganhar na mesma, mas não terá aquele resultado falso que os Vende Pátria da CNE em troca de tijela de sopa, estão a divulgar para a comunidade nacional e internacional (SHAME!!!!).
 
 
2) A UNITA deu entrada na PGR um processo crime sobre a fraude de 2012 e que a PGR nunca fez qualquer pronúncia a respeito e seria dispiciendo senão mesmo grande perda de memória ainda a oposição contar com a PGR para repor a legalidade. Para o gracejo: “ se o MPLA te rouba e você vai se queixar a qualquer tribunal angolano é semelhante a que o porco devora tua boa carne e você apresenta queixa ao javali...ambos são irmãos e tua queixa será improcedente....” não provoquem mais adrenalina na Nação e não deêm entrada de nenhum processo em tribunal ou PGR ou CNE são “farinha do mesmo saco”!
 
 
3) O MPLA por meio da sua TPA, RNA, JA, Angop, Igrejas, militantes instruidos está a semear o medo de guerra. O unico constitucionalmente autorizado a declarar a guerra é o Presidente da República que também é do MPLA, por isso ninguém irá para guerra. O MPLA é o unico que tem exército e polícia. Os meios logisticos das FAA estiveram ao serviço da campanha eleitoral do MPLA  (caminhões transportando pessoas a irem aos comícios) e por isso só ao MPLA as FAA e PN obedecem e fazem guerra. Contra quem? Contra o vento, porque não serão correspondidos. Estarão na guerra sozinhos como estão na fraude eleitoral sozinhos. Ninguém se intimide com a propaganda barata da TPA e RNA é fanfarrona rotineira. Contem apenas as Actas e divulguem so resultados reais da votação, se o MPLA ganhar ganhará e sobreviverá mas se perder irá sobreviver na mesma porque nas democracias é mesmo assim!
 
 
4) Se o MPLA insistir naqueles resultados falsos lidas pela dona Julia Ferreira, que fique como Partido Unico, como de resto já é PARTIDO UNICO DESDE A INDEPENDENCIA. Outros partidos se desmobilizem e vão para casa a não ser que não tenham nenhum plano nobre e que seja estratégia de sobrevivência tambem. Caso contrário não valorizem esses lugares no Parlamento que o MPLA vos oferece como bolinhos secos.
 
 
5) A oposição para salvaguardar seu prestígio diante do povo, para ainda ser a reserva moral do País, para ser algo que sustente as remotas esperanças deste povo esquartejado, roubado, destruído pelo MPLA, então a oposição não deve se contaminar com o MPLA novamente neste Parlamento Fraudulento, depois da fraude monumental tão convincentemente e amplamente denunciado pela UNITA e CASA-CE.
 
Finalmente viva o povo angolano que votou amplamente na mudança. 
Voltou a minha esperança  na maturidade do povo angolano. O ar fétido da fraude se espalha como o ar de um prostíbulo por isso a sobreviência do MPLA deve depender da humildade de reconhecer que se ganhou ganhou pouco porque os tempos mudaram e o povo cresceu. E se perdeu deve repousar e reflectir até que volte ao poder rejunescido e mudado.
 
 
Por Angelo Kapwatcha, defensor dos direitos humanos e presidente do FORDU