Lisboa - António Rodrigues Afonso Paulo, o recém nomeado  Ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, não participou no acto de tomada de posse do novo governo este sábado, uma iniciativa, que em meios do regime, segundo apurou o Club-K, está a ser interpretada como “recusa”. Também não atendeu as chamadas telefônicas para comparecer no palácio presidencial. 
 
Fonte: Club-k.net
 
Foi nomeado sem ter sido consultado 
 
Era até pouco tempo o secretário de Estado do MAPESS. Porém a sua nomeação para o governo aconteceu num momento em que estava em Portugal de férias. Não foi formalmente avisado e julgou que o terão escolhido por sugestão do seu então ministro Antônio Domingos  Pitra Neto. 
 
 
Regressado a Luanda, nesta sexta-feira, 29, notou que a inclusão do seu nome para ministro ocorreu no seguimento do então titular António Domingos  Pitra Neto ter declinado continuar no governo por alegadas incongruências a nível do Bureau Politico do MPLA, órgão partidário que redesenhou o novo executivo. 
 
 
Segundo pareceres baseados no pensamento identificado em António Rodrigues Afonso Paulo, é de que a sua nomeação deveria passar por uma consulta previa a António Domingos  Pitra Neto, a quem ele  considera seu mestre e  responsável pela sua ascensão politica. Ao não acontecer desta forma, o mesmo vê-se obrigado a não entrar no governo por motivos de coerência.   
 
 
António Paulo foi descoberto por Virgílio de Fontes Pereira, seu ex-professor ao tempo que estudava na Universidade Agostinho Neto e trabalhava como jornalista no Jornal de Angola. Através de Fontes Pereira conheceu Pitra Neto que reconheceu nele aptidões técnicas e levou-o para trabalhar no MAPESS, onde desempenhou vários cargos de responsabilidades até de chegar a Secretário de Estado.
 
 
Face ao vazio, na pasta do MAPESS, provocado pela declinação de Pitra Neto e do seu discípulo, o governo de João Lourenço tenciona agora indicar uma outra individualidade para o cargo de ministro. O nome mais sonante para sucessão é o do jurista e acadêmico Carlos Manuel dos Santos Teixeira, que até 2007 desempenhou o cargo de assessor jurídico do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.