Lisboa – José Eduardo dos Santos (JES) é visto em meios do regime como estando a dar sinais de um provável recuo da promessa feita em Março de 2016, de iria se retirar da vida política activa em 2018, culminando com a sua saída da liderança do MPLA.
Fonte: Club-k.net
Planeia reestruturar o BP a sua medida

São lhe atribuído planos de acomodar os seus generais de confiança da linha de Manuel Vieira Dias “Kopelipa” no seu gabinete na sede do partido para alegadamente tratarem de assuntos de segurança.
Ao mesmo tempo circulam informações de que tenciona refrescar o Secretariado do Bureau Politico do MPLA, para acomodar dois quadros da sua confiança, sendo o primeiro Carlos Maria Feijó e o segundo Norberto Garcia para se tornar no porta-voz, em substituição de Mario Antônio.
Sobre o refrescamento deste órgão partidário, o jornalista Luís Costa, que trouxe o assunto em primeira mão, nas redes sócias entende que “a entrada de Carlos Feijó e de Norberto Garcia no secretariado do BP do MPLA, ao que se diz consumada, dirá muito sobre a correlação de forças nesse partido político.”
“O primeiro iria ocupar-se das relações entre o partido e o Estado e o segundo passaria a ser o porta-voz, em substituição de Mário António. Além destas, adivinham-se outras alterações”, disse.
Na última reunião do Comitê Central, era aguardado que JES se pronunciasse sobre a realização de um congresso extraordinário de forma a promover a transição partidária entregando a chefia do partido ao Presidente da República, João Lourenço. Ao contrario, fez sair uma moção de enaltecimento a sua pessoa pondo de partido o novo Chefe de Estado.
Uma informação de difícil confrontação mas que se considera “indescartável”, sugere que antes de largar a Presidência da República, JES teria munido economicamente dois veteranos do BP, Dino Matross e Roberto de Almeida como forma de comprometer a lealdade de ambos. Tais informações não são alheias a postura de Dino Matross em anunciar recentemente que o novo PR, não pode tomar decisões sem consultar o seu partido.