Lisboa – A restruturação dos principais serviços de inteligência, passando pelo nomeação de uma nova direção é um dos assuntos a que João Gonçalves Lourenço prestou maior atenção mesmo antes de ser eleito presidente da República. A sua atenção é agora reforçada pelo seu recente discurso de estado da nação que praticamente anunciou em hasta pública exonerações nesta estrutura.
Fonte: Club-k.net
Por altura da campanha eleitoral, dois generais João Pereira Massano e José Luís Caetano Higino de Sousa “Zé Grande”, foram contactados para apresentação de subsídios destinados a restruturação do aparelho de segurança. Ambos foram no passado, figuras de prova do Serviço de Inteligência e Segurança Militar da qual saíram por incompatibilidades com o seu responsável general Antônio José Maria.
O aparelho de segurança em Angola é formalmente constituído por três ramos a saber: Inteligência domestica (SINSE), Externa (SIE) e a Militar (SISM).
Antes de largar o poder, o então Presidente José Eduardo dos Santos assinou um decreto de recondução dos três responsáveis desta estrutura ficando o novo Presidente, "proibido" de os mexer. Por força, das suas competências constitucionais, o novo Presidente João Gonçalves Lourenço deverá efectuar mudanças para breve conforme o seu discurso de Estado da nação.

Os generais João Pereira Massano, José Luís Caetano Higino de Sousa “Zé Grande” e Apolinário José Pereira aparecem frequentemente como estando em posições privilegiadas para eventuais desafios de responsabilidades nas secretas.
Em meios castrense também é mencionado o nome do coronel Agostinho Adriano da Silva "Yano", que no período da fundação das Forças Armadas Angolanas (FAA), foi chefe das Operações de Inteligência Militar e Operativa Estratégica no Estado Maior General. É tido como especialista em combate a subversão armada.