Luanda - POSIÇÃO DA FÁBRICA DE CIMENTO DO KWANZA SUL FACE AO COMUNICADO DA SONANGOL, PROVENIENTE DO GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM, DATADO DE 3 DE NOVEMBRO DE 2017.
Fonte: Club-k.net
COMUNICADO DE IMPRENSA
A Direcção da FCKS está profundamente surpresa com o comunicado da SONANGOL, tratando-se uma Empresa Pública de Vanguarda que representa as Cores e a Bandeira da República de Angola.
A FCKS não veio a público expor a SONANGOL pelo facto de ter elevado os preços de HFO de 25 para 50 AKz/Kg após seis meses do início das operações da fábrica e num espaço de 4 meses ter aumentado para 91AKz/kg.
No dia 31 de Outubro de 2017 foi feita uma entrevista ao canal de televisão Zimbo onde a FCKS teve a oportunidade de explicar detalhadamente sobre a sua paralisação temporária.
A FCKS iniciou a sua produção em 2014, tendo como uma das suas principais premissas de viabilidade a aquisição do combustível HFO a um preço de 25 AKz/kg, comprometido por contrato assinado com a Sonangol. Após o início da operação a empresa já tinha granjeado a sua quota de mercado.
A Cimenteira é dotada de um complexo industrial de tecnologia de ponta e dentre as várias unidades, possui ainda um tanque de armazenamento de combustível com a capacidade de 10.000 toneladas. Saliente-se que esta quantidade de combustível tem uma autonomia para cerca de 22 dias de produção.
No compromisso com o mercado em não protagonizar subidas massivas do preço do cimento, como o que se regista actualmente, a empresa optou por manter o preço do cimento ao preço médio praticado na altura. Desde o início dessa actuação da Sonangol tem tido perdas financeiras, tendo paralisado em Dezembro de 2016.
A situação de degeneração da condição financeira da empresa tem a sua origem na especulação do preço de combustível o que é económica e financeiramente inviável e na subsequente suspensão do abastecimento do combustível de que se verificou desde Setembro de 2016.
Actualmente a FCKS está em negociações amigáveis e construtivas com o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e o Ministério da Construção, com vista à retoma do abastecimento do Combustível HFO. Esses encontros têm sido de tal modo frutíferos, que perspectivamos o re-arranque das operações num prazo de 50 dias, necessário para a remobilização do pessoal expatriado, conforme já anunciado.
Sobre o Financiamento
O projecto de construção da Fábrica de Cimento do Kwanza Sul beneficiou de um Financiamento Internacional, que foi intermediado pela Sonangol.
Em respeito à confidencialidade contratual este facto não foi pela empresa divulgado, porém a Sonangol informou à FCKS, em 2014 que havia passado a dívida para o Estado. Por conseguinte, a Sonangol não mais é credora da FCKS, o que é facilmente constatável através nos seus relatórios de análise de contas.
A FCKS agradece às entidades que têm vindo a colaborar/negociar tais como o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e o Ministério da Construção a possibilidade de uma melhor solução do problema e reitera o seu compromisso com as populações no sentido de voltar a ter o normal abastecimento e manter o preço a níveis aceitáveis.
DIRECÇÃO DA FCKS, EM LUANDA, 3 DE NOVEMBRO DE 2017
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