Joanesburgo - A SABC, sigla em inglês da televisão publica  sul africana enfrenta uma crise semelhante a que teve a sua congênere angolana, a  TPA. Esta semana uma comissão parlamentar de comunicação  decidiu por unanimidade dissolver o Conselho de Administração da SABC dando lugar a uma comissão de gestão que se ocupara na liderança  da empresa.

Televisão sul africana  dirigida por  comissão de gestão
 

A decisão veio na seqüência de  um relatório  que aponta  má gestão financeira da empresa na qual é citada a perca financeira de-R839 milhões entre o ano 2008/09 e outras irregularidades tal côo desvio da linha editorial.
 
De acordo com regulamento legais da África do Sul, a Assembleia Nacional antes de tomar tal decisão submete a proposta  ao Presidente da Republica para a sua aprovação. É também da responsabilidade do parlamento selecionar  o elenco que fará parte do conselho interino para a radiodifusão. Devera fazer parte da comissão de gestão um grupo de profissionais cujo perfil se perfila entre académicos, empresários, especialistas de comunicação  e advogados.
 
Zuma não quer que a TV seja boca de alugar do governo
 
Entretanto, o Presidente sul africano Jacob expressou esta semana que a SABC não deve  funcionar como se tratasse de  “boca de aluguer” do governo por isso  defende que a mesma deve servir os  interesses do público.
 
“Devemos salientar que a emissora pública não é, e não deve ser, a voz do governo.” Salientou o estadista sul africano  quando se pronunciava estes dias  a acerca da crise daquela estação de televisão. Ainda a respeito do trabalho dos jornalistas, Jacob Zuma recomendou “a fazer tudo o que puderem para manter informados os cidadãos sul- africanos, a cerca das  difíceis condições profissionais.”
 
“Muito tem sido feito  nos últimos 15 anos na mudança da composição dos noticiários. Mas há claramente mais  que precisa ser feito” disse Zuma  lembrando que  “a mídia é uma instituição que é extremamente sensível às críticas, talvez porque aos profissionais passam parte do seu tempo a criticar outras pessoas."
 
A representação das mulheres também foi alvo das preocupações do Presidente sul africano na sua alocução. “Temos de abordar, em ambos os sexos a transformação pessoal, de gestão, bem como na representação das mulheres nos meios de comunicação."
 
Para Jacob Zuma  o país precisava de mais do que apenas uma mídia livre. “Queremos e precisamos de uma qualidade da mídia” Com as eleições nacionais e Confederações Copa de 2010 o país estava a atravessar um "período emocionante".
 
Fonte: Club-k.net