Luanda - Após a tournée turística de consultorias várias, a citar, DETECOM, DELOITTE, MULTITEL, ITA, KPMG, UCALL, SATEC, CPQD, FORREPORT, entre outras que, por muito tempo estiveram afrente da direção da empresa, no âmbito do que se preferiu chamar de “reestruturação da Angola Telecom”, com consultores que nem visto de serviço tinham regularizados, essa se observa agora mais nacionalizada administrativamente. Vale lembrar que na sua maioria agora ausentes, remuneradas com avultadas quantias de dinheiro pago em dólar na época, nenhuma delas pôde apresentar com clareza, linhas orientadoras para salvar a alma da empresa da condição atual. Foi do nosso conhecimento que por exemplo, a DETECOM durante o período de quatro anos, foi paga com o valor USD 100.000 mês e, concomitantemente as demais, não deixou-se de pagar avultadas quantias de dinheiro e, ainda assim não se deixou de anunciar que a empresa se encontra hoje a viver uma falência técnica. A administração reconhece que os indicadores económicos são favoráveis, mas os financeiros desastrosos e apocalípticos.

Fonte: Club-k.net

A luz da ciência da gestão, de acordo a Matriz BCG (Boston Consulting Group), ciência essa de que somos honrosamente técnicos, acredita-se que os produtos/serviços a dada altura são considerados como uma vaca leiteira. Uma vaca que não para de dar leite fresco, capaz de subsidiar com o seu excesso de receitas, outros produtos pouco ou nada rentáveis. Ela é tão rentável que permite reinvestir nesses outros produtos mesmo em fase de declínio, se de acordo a teoria do ciclo de vida dos produtos/serviços.

 

Essa analogia é cá trazida para compreendermos um paradigmático fenómeno, suscetível de repúdio e aversão de onde ainda resta algumas deontologia, moral e ética profissionais.

 

Não obstante o convívio com a sua irónica falência técnica, a Angola Telecom tem consigo nesse momento, aquilo que a matriz BCG cunhou como produto vaca leiteira. Um produto que gera avultadas receitas e subsidia outros mais fracos a seu redor. Esse produto tem marca nominal, chama-se Elsa de Sousa, a Diretora dos Recursos Humanos.

 

Essa senhora, em menos de dois anos na empresa, surgindo do vazio e a sombra de evidentes influências, já conseguiu graças a sua desmedida prepotência, exonerar diversos funcionários a título de ledice, motivar demissões voluntárias, proibir os funcionários de transitar no 4o piso, andar em que funciona, povoar os Recursos Humanos com um grosso de parentes seus, um mais petulante que o outro, elevar-se a um salário base de aproximados 800.000 AKZ, entrar para o curso de mestrado que a obriga temporariamente ausentar-se do país, transitando nos corredores compreendidos entre Portugal e as terras da rainha Isabel, promover um sobrinho estagiário a seis meses à chefe de departamento, agora com um salário acrescido ainda desconhecido e, exonerando com efeito uma experiente técnica de largos anos de casa, manter relações próximas com um dos administradores do topo que, responde pelo nome de Pedro Miguel, o homem das finanças, entre outros aspectos que poderiam ser aqui trazidos. Tudo isso e mais indicadores que, detonam qualquer tese de que o problema da Angola Telecom seja oriundo de outras fontes, senão mesmo de valores ausentes em determinadas pessoas, titulares de cargos públicos, com cargos de relevância que, nada mais fazem senão roubar e alimentar os seus instintos devoradores de bens públicos.

 

De lembrar que até recentemente, a empresa contraiu uma avultada dívida com a subcontratada empresa de segurança já apresentada no CLUB-K, em que os respetivos seguranças conheceram consecutivos e violentos oito meses sem salário, onde não hesitavam em mendigar por AKZ 100 ou 50 aos funcionários da sua simpatia, para serem levados de comboio aos seus longínquos destinos. Isso é grave senhores. Que país é esse senhores e senhoras?

 

Ainda assim, sugere-se que as pessoas devam se emudecer, ensurdecer e fazer olhar silencioso, sob pena de como se diz na gíria, sacrificarem o seu pão. Uma chantagem emocional que, infelizmente transita à-vontade por todos os corredores do Estado angolano que, ensinou com mestria a usar-se o salário como moeda de troca para viabilizar crimes e todos tipos de abusos. Agora o então salário, é usado como uma espécie de favor do estado dentro dessas instituições. Isso não se pode admitir. É um desrespeito muito grande, mas sobretudo uma emboscada para o progresso do país. Isso é uma orgia administrativa em que um grupo de pessoas visa, numa linguagem mais objetiva, fod.. com outras. Chama-se destruir Angola!

 

Observamos que a empresa migrou de um período de alienação nacional dos RH, onde se entregou à estrangeiros a parte humana da instituição, diríamos, o coração, para outro de nepotismo puro, explícito e absoluto, bem como de abuso de poder por parte de um produto que, podendo gerar muito lucro (vaca leiteira) não poupa esforços para alavancar outros produtos de magros lucros (cão) a partir da sua própria endoinfluência.

 

Ora, estou, contudo, convencido que não foi para isso que os funcionários dessa empresa foram contratados, nem mesmo é para isso que, servem os diretores da empresa dentro dessas instituições. É um opróbrio, uma vergonha extrema o que se vê e, é mais vergonhoso ainda, termos que conviver com essa sem vergonhice todos os dias; com esse modus vivendi dotado de anti-ética e truculência moral. Lembro-vos que esse não é um mecanismo exclusivo da pessoa de Elsa de Sousa. Muitos diretores procedem de modo semelhante. Saqueiam os recursos da empresa abertamente e ainda usam a prepotência para intimidar os seus colaboradores.

 

A despeito o aqui apresentado, vejo muito boa gente e com boas ideias, mesmo a nível da alta administração, mas também pessoas outras que não têm qualquer moral, nem compromisso com o progresso da empresa e, consequentemente tão pouco do país, mas consigo próprios. Pessoas que apenas usam a sua influência para realizar o que de mais profundo existe nos seus egos. Uma empresa de telecomunicações pública, falida. Isso é grave! É duro e difícil crescer dentro desse ambiente pouco sério, pouco profissional e sem igual ética; com diretoras como a senhora Elsa de Sousa que sabe-se lá de que estação do ano caiu por cima dessa cadeira.

 

Espero confiante que seja feito algo de forma premente, por parte da alta administração, para que sejam devidamente aproveitados os valiosos técnicos que a empresa não deixa de ter. Ou tão simplesmente a Angola Telecom NÃO conhecerá outro destino.

Mário Lunga Francisco Martinho, Técnico de Marketing da Angola Telecom