Luanda - É notável a abismal diferença entre ambos políticos em todas as plataformas sociopolíticas. Em suma JLO conquistou o punho de "presidente popular" enquanto que JES foi sempre timbrado como "presidente do executive" e nunca da nação. 
 

Fonte: Club-k.net
 

JLO aceitação popular & JES aceitação partidária


1 - Trabalho de campo:

Desde que assumiu a liderança finais do ano passado, João Lourenço, galvanizou uma dinâmica governativa  - a 360 graus -  relativamente ao ex-presidente aonde a premissa principal é combater com acções práticas a corrupção e nepotismo. E para esta empreitada João Lourenço convidou a população em geral a participar activamente e denunciar imediatamente as autoridades competentes.


Governação directa é outro trunfo de JLO. É assim, que tem sido comum nos últimos dias vários governantes a abandonarem o conforto nos escritórios e visitarem os domínios/áreas que representam. A título de exemplo foi a visita da ministra da Saúde,  Sílvia Lucututa no hospital da Maria Pia aonde constatou em loco o estado critico do hospital em varias áreas consideradas básicas.


João Lourenço, também saiu do conforto do ar condicionado e foi constatar em loco sem informar atempadamente o hospital Sanitário de Luanda que desde a sua fundação nos anos 70 nunca recebera a visita de nenhum chefe de estado. Desta visita, JLO constatou que muitos concidadãos encontraram a morte por falta de materiais gastáveis ou do estado sanitário deplorável que não dispõe de meios para corresponder as necessidades dos doentes.


O governador provincial de Adriano Mendes de Carvalho, também fez uma visita de campo esta semana na Comissão administrativa da Maianga e constatou a ausência de alguns responsáveis máximo durante a hora de expediente.


Por outro lado, o legado de JES deixa um vazio profundo neste área e as visitas que efectuava eram todas atempadamente preparadas e pareciam um ensaio teatral e os funcionários ou porta-voz era devidamente instruído sobre os temas que deveria abordar e a imprensa não tinha acesso.


2 - Reconhecimento nacional e internacional:

João Lourenço, herda um país profundamente falido em vários domínios tais como financeiro, social e politico. A divida angolana ronda os 3 bilhões de dólares e a produção interna PIB não permite efectuar pagamentos regulares e consideráveis. A nível social, Angola perdeu valores básicos como deveres e obrigações dos governantes. No campo politico, JES optou por uma política « local » e sem pretensões de conquistar o mercado « global » e consequentemente Angola tem um rating negativo perante as instituições financeiras e económicas a nível internacional.


O actual presidente optou por uma governação participativa e a voz popular é o barómetro que se tem baseado para auscultar os anseios da população. A maioria das medidas sociopolíticas implementadas até a presente data representa os « gritos » e reivindicações do povo que tem usado vários formatos para propagar a realidade que vive dia-a-dia. A título de exemplo, é a corrupção e nepotismo que generalizadamente a população sempre manifestou descontente com a política de acção do antigo governo.

 
A oposição política angolana, unanimemente também tem elogiado as mudanças de JLO. Transmissão das plenárias em directo e atribuir a responsabilidade aos membros parlamentares como fiscalizadores do executivo são dentre as acções que a oposição aplaudiu.


JLO foi o político africano mais referenciado na arena politica e finanças na Europa e América nos últimos meses e esta notoriedade foi o resultado das reformas financeiras, transparência e a luta aberta contra a corrupção executada pelo executivo. Com estas reformas progressistas com o punho « reestruturação & transparência » o rating negativo que o ex-presidente José Eduardo dos Santos deixou sobre Angola no mercado e credores internacionais tudo indica que o quadro poderá ser invertido. Afastamento da filha do ex presidente da Sonangol Isabel dos Santos e o rigor imposto na banca e finanças são os factores mais referenciados nas grandes praças internacionais.


Em contraste, o líder do MPLA, José Eduardo Dos Santos, nunca gozou de uma aceitação popular geral e deixa um legado manchado de manifestações e um sistema policial e judicial que reprimia aqueles que contrariavam as acções do executivo.


A oposição politica sempre esteve descontente com as prioridades politicas e económicas de JES. A aprovação da constituição -Atípica em vigor no país foi o epicentro da divergência politica entre JES e a oposição angolana tendo em conta que o Presidente da Republica com este modelo politico foi consagrado um controlo absoluto de todos os poderes em Angola. Como nota, a oposição sempre advertiu que JES desvalorizava todas as opiniões contrárias.


Em suma, JES nas suas investidas sempre priorizou a opinião dos camaradas e a voz popular foi sempre desvalorizada. Consequentemente, todas as resoluções politicas implementadas por JES eram unicamente aplaudidas pelos camaradas do MPLA e nunca representavam o interesse da população ou sociedade civil em geral. A oposição politica ou instituições internacionais também eram desvalorizadas por JES sistematicamente.


3 - Afirmação popular :

JLO em apenas tres meses no poder é o presidente mais popular em Angola de todos os tempos. « João Lourenço parou num semáforo, como qualquer outro automobilista  dispensando a via aberta , o Presidente da República esperou para ser atendido num restaurante de uma rede de fast-food, Ana Lourenço em passeio na Ilha do Mussulo sem um batalhao militar.


JLO com este modelo simples e genuíno o povo já o apelidou como “presidente do povo” enquanto que JES é sempre referenciado como o líder do executivo e não da nação.


Da presidência de José Eduardo dos Santos, segundo o sufrágio nacional e internacional, ficou um legado de políticos corruptos protegidos por um sistema judicial nepotista na qual a população em geral eram considerados cidadãos da segunda classe e sem voz por não se identificar com as mestrias políticas do executivo.


Como nota final, JLO e JES são animais políticos diferentes em todas as vertentes existentes apesar de pertencerem no mesmo partido politico.