Luanda - O grupo de ex-trabalhadores da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola agendou para segunda-feira uma manifestação, para reclamar o pagamento de indemnizações aos 3.800 funcionários despedidos em 2010.

Fonte: Lusa

A informação foi hoje avançada à agência Lusa pelo porta-voz do grupo, Mário Faustino, que lamentou a ausência de algum pronunciamento daquela entidade, após garantia, em finais de janeiro, de que o assunto seria resolvido.

Em causa está a reclamação dos ex-trabalhadores sobre o cumprimento de uma decisão do tribunal, de 2012, com vista ao pagamento de indemnizações aos mesmos, pelos seus despedimentos, caso ainda sem solução.

Por três vezes, este grupo já tentou sair à rua com a intenção de chegar ao Palácio Presidencial, mas foi sempre impedido pela intervenção da polícia e militares.

"Estamos aqui, nem água vai, nem água vem, nem os advogados são tidos nem achados, então achamos por bem darmos o nosso grito na segunda-feira. O grupo todo, com os colegas que vieram das províncias e se encontram cá, então vamos fazer esse protesto", disse.

O caso envolve antigos trabalhadores de três empresas criadas pelo ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, casos da Brigada Especial de Limpeza, Brigada Especial de Construções Militares e Unidade da Guarda Presidencial.

Em finais de janeiro último, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança da Presidência da República, Pedro Sebastião, prometeu uma solução para o caso, mas em contraproposta, reclamam os ex-funcionários, foi apresentada uma lista de indemnizações muito diferente dos valores da decisão do Tribunal.

Aqueles trabalhadores dizem que a Casa de Segurança deveria disponibilizar para estas indemnizações 8.296 milhões de kwanzas (33 milhões de euros), mas o mapa apresentado prevê apenas 312 milhões de kwanzas (1,2 milhões de euros), para o pagamento de todo o pessoal.