Berlim - José Eduardo dos Santos, o ditador angolano, denota actualmente um certo nervosismo, característica do ganancioso encurralado pelos seus excessos e omissões, tantas são as acusações de desvio e contas fantasmas, que nunca soube desmentir; nem sequer demonstra coragem ou vontade para afastar uns tantos patetas que o cercam, pese embora a sua mediocridade enquanto conselheiros ou complementos do seu projecto ditatorial

ImageIluminado pelas doutrinas mafiosas que abraçou, criou um manto de sigilo nas operações financeiras do estado; rompeu o sigilo nas telecomunicações, mandou às urtigas os compromissos eleitorais, tão certo está ele da impossibilidade de ressonância do fenómeno hondurenho na pátria angolana.

Como um rei forte que preteriu a fortaleza das instituições do Estado, tira partido do terror que implantou no seio do povo por ele enganado, nos tempos em que pretendeu ser o simpático e popular Zedú. Depressa o povo descobriu que embora sorridente, é salalé.

O ditador em Angola acabará  como Zelaya: Tudo quer, tudo perderá. Isso simplesmente porque o destino das ditaduras será sempre o escárnio e o esmagamento, ainda que não apoiemos a incursão militar como forma de solução dos conflitos internos.
Todavia, se ditadura é  ditadura, também democracia é democracia, para além da forma em que se manifesta. Quando as forças armadas de um país – não falo dos corruptos patenteados pela traição à pátria -, tomam a decisão de acabar com a tirania vigente, estamos diante de um movimento democrático empreendido pelos mais audazes de entre os filhos do povo.

Nas Honduras, na China, em Cuba, na Venezuela, no Zimbabwe ou em Angola, a acontecer tais acontecimentos, ninguém em sã consciência lhes retirará o carácter democrático, mesmo considerando o ambiente extremamente corrupto em que se encontram certas franjas das relações internacionais.

Não sabemos ao certo o que pretende o pai da Tchizé Pêgo, presidente desconhecido da maioria: aonde nasceu, o que quer, para que quer nem o que lhe motiva neste seu processo de idiotização dos angolanos; provavelmente alguma vingançazinha hereditária, transmitida no seu cérebro a partir da Fazenda, arquipélago ou ilha que viu nascer algum seu ascendente. Não sei ao certo, mas não consigo entender tanto ódio ao autóctone angolano.
Não tarda, teremos que demonstrar não sermos o povo mais estúpido do planeta – apesar de especiais no sofrimento –, como ele bem o entende e tornou público!

As acusações que se acumulam contra ele no TPI – deveriam alerta-lo sobre o estado de ânimo dos angolanos!
Importa informar que o Tribunal Internacional tem o seu importante escritório neste país, e tem sabido apoiar as várias acções de ONG’s credíveis espalhadas pelo mundo afora.

Infelizmente para nós, entre os cleptocratas do regime de JES, há ladrões de carreira, iniciados na sua juventude. Com a sabedoria que o vício e o regime facultam, é a partir de Santa Clara – Cunene, que escapam ao controle e ao fisco: diariamente, sacos de dinheiro e diamantes, transitam para bancos Namibianos e daí para instituições bancárias europeias. (Ver em: MAKAS DE ANGOLA CONFIDÊNCIAL).

O ditador angolano, homem que derrubou democracias regionais próximas, apressou-se em condenar o episódio Hondurenho. Está em consonância com o apoio que dá aos regimes igualmente absolutistas dos amigos Fidel, Putin e Mugabe, para não falar da alta bajula ao regime chinês o parceiro privilegiado para a manutenção do seu regime, tendo em conta o enfraquecimento das tradicionais potências em defesa da democracia.

Os angolanos de bem, os pais de família os que amam a pátria, precisam se entender rapidamente que a solução existe. Ouvi alguém orientar que somos um povo com tradição de luta! Não é verdade? Lutamos contra a miséria, pela água, pelo pão, pela luz, e porque não pelo nosso país?

Vamos pensar seriamente no federalismo ou vamos deixar que tudo permaneça como está? Precisamos aprender com as boas lições dos outros, sem perdermos muito tempo.

É preciso entender que é importante participar no processo político angolano. Confiar neste parlamento e nos actuais políticos dirigentes, dado o volume de escândalos de toda ordem, é no mínimo insano, burrice, loucura, e é votar na continuidade de furtos, desvios e destruição das famílias.

*Fernando Vumby
Fonte: Club-k.net