Luanda - O Executivo angolano pretende fortalecer o sistema de Comunicação Social no país e conta com a iniciativa do sector privado para cumprir com este desiderato, afirmou hoje, quinta-feira, o titular do sector, João Melo.
Fonte: Angop
O governante fez este pronunciamento quando encerrava a Conferência sobre os Desafios da Liberdade de Imprensa em Angola, no âmbito do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, que se assinala a 3 de Maio, tendo afirmado que as condições legais para o surgimento de novos órgãos privados de comunicação social estão criadas.
Na ocasião. o ministro advogou a necessidade dos empresários investirem no sector da Comunicação Social, apesar de reconhecer a escassez de jornais, devido a conjuntura económica que o pais vive em que a maioria do material é importado.
Referiu que o fortalecimento do sistema de Comunicação Social pode também passar pela cooperação internacional e os órgãos de comunicação públicos têm a carta aberta para o fazerem.
Disse esperar que as relações de cooperação e apoios obedeçam aos interesses de Angola.
“O compromisso do Executivo é de comunicar com mais fluidez, garantindo que haja um sector de imprensa diversificado e aberto”, salientou.
Frisou ser responsabilidade do ministério dar corpo aos compromissos do Executivo e cabendo-lhe velar que os mesmos se cumpram de forma séria e madura, visto se estar a viver um novo momento no paradigma do país e a liberdade de imprensa se faz sentir mais nos meios de comunicação.
João Melo realçou que Angola vai retomar um projecto de implantação digital da televisão, esperando que com este propósito hajam mais investimentos nesta área.
Anunciou, por outro lado, que já orientou os Conselhos de Administração das empresas públicas da Comunicação Social para junto dos delegados do Sindicato dos Jornalistas Angolanos discutirem a questão do qualificador ocupacional dos profissionais enquadrados nas mesmas.
A Conferência, presenciada por membros do Executivo, membros dos Conselhos de Administração dos órgãos públicos da Comunicação Social, jornalistas e estudantes decorreu sob o lema “Os Freios e Contrapesos no Poder: Média, Justiça e Estado de Direito”.
As notas do ministro João Melo foram antecedidas da dissertação dos temas "Desafios da Liberdade de Imprensa Pós- 23 de Agosto 2017", "Imprensa Pública, Imprensa Privada: a Falsa dicotomia" e "Angola na visão de um correspondente estrangeirao" dissertados por Faustino Henriques, do SJA (Sindicato de Jornalistas Angolanos), Adelino de Almeida, Presidente da ERCA (Entidade Reguladora da coumunicação Social), e por Stephens Eisenhammer, correspondente da Reuters, Agência de Notícias Britânica, respectivamente.
