Luanda - A função pública angolana fechou 2017 com mais de 385.000 trabalhadores, um aumento de sete por cento face ao ano anterior, a que se somam 150.000 militares, segundo dados do Governo.

Fonte: Lusa

De acordo com uma informação disponibilizada em maio por Angola aos investidores internacionais, consultada pela Lusa, o número de funcionários públicos do país era 372.873 em 2015, tendo descido para 360.381 em 2016.

 

A 31 de dezembro de 2017, segundo o Governo angolano, o total de funcionários públicos do país chegou aos 385.423, número que exclui os cerca de 150.000 efetivos das Forças Armadas Angolanas.

 

No total, trabalhavam para o Estado no final de 2017 mais de 535.000 angolanos.

 

Em 2017, o Governo angolano gastou 1,492 biliões de kwanzas (cerca de 8.000 milhões de euros, à taxa de câmbio de dezembro) com os vencimentos dos funcionários públicos, tendo inscrito para a mesma rubrica, no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2018, cerca de 1,689 biliões de kwanzas (6.200 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

 

No mesmo documento divulgado aos investidores, o Governo angolano garante que entre 2013 e 2016 o setor privado criou 830.000 empregos.

 

Esse total concentrou-se sobretudo em 2014, o último ano antes do início da crise, nomeadamente em setores como transportes, energia e água, turismo e comércio.

 

Os postos de trabalho criados pelas empresas desceram em 2015 para 259.731 e para 152.199 em 2016.

 

No setor público, a criação de emprego, sobretudo nas áreas da Justiça, Educação e Saúde, passou de 73.704 postos de trabalho em 2014, para apenas 1.368 em 2015 e 3.010 no ano seguinte, com a crise provocada pela queda nas receitas petrolíferas a levar o Governo a cortar em contratações de médicos, enfermeiros e professores.

 

Oficialmente, o Instituto Nacional de Estatística de Angola aponta para uma taxa de desemprego no país acima dos 20%, mas o Governo também recorda que a economia informal é hoje forma de sustento para milhares de famílias.

 

Já o Banco Mundial coloca a taxa de desemprego entre angolanos em idade de trabalho, no ano de 2017, nos 8,2%.