Lisboa – Faleceu neste sábado, na Republica da Namíbia, António Freitas, “Seminário”, consagrado jornalista angolano. A notícia foi avançada por Luzia Moniz, uma veterana  jornalista angolana radicada em Lisboa.

Fonte: Club-k.net

“Morreu hoje, na Namibia, um dos maiores jornalistas angolanos, O melhor da área de Economia, o meu amigo e compadre António José Freitas. Sou madrinha do seu filho mais velho. Tal como o jornalismo angolano, também fiquei mais pobre. Obrigada por tudo que me ensinaste. Até sempre compadre!”, le-se na mensagem de Luzia Moniz partilhada nas redes socias. 

Nascido em Benguela, aos 17 de Março de 1960,  António José Freitas de Jesus Correia foi um dos mais respeitados jornalista angolano que se destacou na área da economia tendo vencido em 1997, a primeira edição do Prémio Kianda de Jornalismo Económico e,  em 2005, o prémio Maboque de Jornalismo

António José Freitas iniciou a profissão de jornalista na Agência Angola Press (Angop), onde trabalhou durante 12 anos, no período de 6 de Maio de 1985 a 15 de Setembro de 1997.

Na Angop, desempenhou várias funções, entre elas a de editor de economia e, a partir de Janeiro de 1995, as de editor-chefe do Departamento de Serviços Especiais. Ainda em 1995, integra a equipa que funda o extinto semanário “Agora”, ao lado do também já falecido jornalista Aguiar dos Santos. 

Durante o seu percurso profissional, António José Freitas esteve, também, ligado ao Novo Jornal, entre 2010 e 2018, tendo colaborado, ainda, em vários jornais e revistas. Na sua edição online, o Novo Jornal, projecto editorial que abraçou desde a sua fundação, em 2008, considera António Freitas “um dos mais respeitados e verticais jornalistas angolanos”.

Até à sua morte, desempenhou as funções de director do Gabinete de Comunicação da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA). Jornalistas da nova geração reconheciam nele forte domínio sobre questões da historia contemporânea e dos bastidores da política angolana.

A 25 de Agosto de 2017, António Freitas recorria ao facebook, para partilhar o quadragésimo aniversario de ingresso das extintas FAPLA, braço armado do governo de então. “Foi a 25 de Agosto de 1977, faz hoje 40 anos, que deixei o meu Lobito em direcção a Luanda, a bordo de um DC 3, vulgo Dacota, para ingressar nas "gloriosas" FAPLA, mais propriamente na Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea, a FAPA/DAA.”

“O meu abraço a todos aqueles que por aqueles dias vindos de erva Benguela, Lubango, Namibe, Lobito, Huambo, Saurimo, Uige, Cabinda e Luanda formaram um grupo de duas centenas de jovens que intitularam-se de "Cavernosos" e que hoje estão inseridos em quase todas as áreas da nossa sociedade. Que saia a festa de comemoração destes 40 anos para p reencontro de velhos camaradas. É uma eterna saudade para os que ao longo desta caminhada nos foram deixando.”

 

A Direcção do Club K apresenta à família enlutada, os mais vivos sentimentos de pesar.