Luanda - Um procedimento criminal foi aberto pela Procuradoria-geral da República (PGR) para apurar responsabilidades sobre intervenção policial na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo, que resultou em quatro vítimas, das quais duas mortais.

Fonte: Angop

Em causa está uma suposta invasão de terrenos por populares naquele perímetro, ocorrida a 4 deste mês (Julho), o que “forçou” a uma interposição policial.

 

No seguimento do processo, a PGR refere, em nota de imprensa a que a Angop teve acesso hoje, segunda-feira, ter sido “já constituído arguido o agente José Henriques Bartolomeu, a quem foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva”.

 

Num comunicado de 5 deste mês, o Comando Provincial da Polícia Nacional, em Luanda, informou que o incidente ocorreu na sequência de uma tentativa de invasão de terrenos na ZEE.

 

Refere igualmente que do confronto entre as forças policiais afectas à área e a população resultou em disparos de arma de fogo, com o intuito de dispersar a multidão.

 

Noutro documento do Ministério Público, lamenta-se “profundamente” a morte do funcionário Lucas Chissolokumbe Chivukuvuku, ocorrido a 5 de deste mês, “por circunstâncias que continuam a ser esclarecidas”.

 

Segundo a PGR, o malogrado era Oficial de Diligência junto do SIC-Crimes económicos em Luanda.

 

A função que Lucas Chivukuvuku exercia, prossegue a nota, não incluía responsabilidades específicas para a investigação de crimes ou capacidade para determinar restrição de movimentação financeira no âmbito da instrução processual.

 

Neste quadro, a PGR afasta “a presunção de que a morte tenha como movimentação uma eventual perseguição por razões profissionais”.