Luanda – A Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), órgão da PGR recebeu recentemente uma participação contra a comandante da esquadra da Polícia Nacional afecto à Esquadra do Lar do Patriota, Victória Laura de Oliveira Augusto (na foto) vulgarmente conhecida por “Comandante Vilma”, na qual recaem queixa sobre ela acusações de estar a realizar detenções por encomenda na sua área de ação.

Fonte: Club-k.net

Por realizar prisões por encomenda

A gota de água, aconteceu quando a jovem comandante contrariando uma decisão da Procuradoria Geral da República, ordenou sem qualquer fundamento legal a detenção de três pedreiros (Agostinho Luvumbo José, Benjamim Pedro Manuel e Pedro João Maxi) que se encontravam a trabalhar numa obra nas redondezas da área do Lar do Patriota.

 

Os referidos cidadãos, foram detidos pela comandante por estarem a trabalhar num terreno que esteve em litígio entre um grupo de camponeses e responsáveis do Lar do Patriota.

 

Quando ao terreno em causa, o Tribunal Provincial de Luanda já decidiu favoravelmente aos camponeses, por esta razão, estes se sentem no direito de prosseguir com as suas obras, levada a cabo pelos três pedreiros, a quem a comandante acusa-os de “invasão de propriedade”.

 


Depois de os prender, a comandante encaminhou os três pedreiros, para o Tribunal Provincial de Luanda para julgamento sumário, realizado na 14.a Secção dos Crimes Comuns. Os três pedreiros foram imediatamente soltos por decisão do Procurador, Manuel Neves Denga, conforme mandado de soltura e despacho que o Club-K, teve acesso. O procurador entendeu que a prisão era manifestamente ilegal.

 

A comandante contrariada decidiu, volvidos 8 dias ordenar, novamente a detenção dos referidos pedreiros, alegando que cumpria “ordens superiores” de interesses ligados à Sociedade Fundadores do Lar do Patriota.

 

Por tal facto, os visados fizeram queixa crime na DNIAP, contra a musculada comandante por prisão ilegal.