Luanda - Quando um país membro do Fundo Monetário Internacional, enfrenta graves problemas de médio prazo na balança de pagamentos por causa de desequilíbrios estruturais cuja resolução exige tempo, o FMI apoia mediante solicitação, o processo de ajuste por intermédio de um Programa de Financiamento Ampliado (sigla em inglês, EFF – Extended Fund Facility).

Fonte: Club-k.net

Na verdade, este programa é um acordo de compromisso onde o Governo Angolano se compromete a adoptar politicas voltadas para a resolução dos problemas económicos e estruturais do país, aliás parece, actualmente, ser o objectivo do Executivo, conseguir aprovação da comunidade internacional, neste caso em particular do FMI, para as suas politicas, de modo a criar confiança para atrair investimento estrangeiro a Angola.


Podemos assim entender, esta iniciativa como um meio para atingir um fim, sem garantias que os resultados sejam os esperados...


Ainda não se sabe os termos do financiamento, mas de certeza que abrange a condicionalidade específica ao acordo, aquilo que eu chamo de exigências do FMI, bem em linhas gerais, podemos vaticinar que algumas passam pela restruturação da despesa pública, ou seja, o Executivo terá que restruturar aquelas empresas que representam peso morto nas contas públicas, passando pela redução substancial do efectivo, afim de em outras palavras, do mesmo modo que para sabermos que estamos a fumar um charuto Cohiba autêntico, precisamos que ele tenha o selo da zona de vuelta Abajo, Pinar del Rio (Made in Cuba), também para acreditarmos que Angola é um bom país para se investir, é necessário o selo de garantia do FMI, que é dado por esta intervenção.

torna-las mais dinâmicas e eficientes, só para citar algumas, a TAAG, SONANGOL, TCUL, BPC, BCI, além de retirar, embora paulatinamente, as subvenções no preço dos combustíveis.


Competira ao Executivo criar uma equipa negocial hábil, com uma visão transversal do país, para que a estabilidade macroeconómica não seja o objectivo último e único da política económica, mas um meio para atingirmos o crescimento económico sólido e robusto que tivemos em 2002/2008.


A expectativa é alta, ansiamos que esse compromisso, dê corpo e grande ênfase, às reformas estruturais que o Presidente João Lourenço quer aplicar, com vista a promoção do crescimento económico, que preserve as políticas de estabilidade macroeconómica e acima de tudo que promova o bem-estar dos angolanos à todos os níveis.