Lisboa - Luis Fernando foi afastado do posto de Director Geral do Jornal “O Pais”, e transferido para uma área da Media Nova denominada por “gabinete de obras /estudos especiais”. Em simultâneo foi indicado um DG interino, Filipe Correa de Sá, antigo profissional da BBC de Londres.
O afastamento de Luis Fernando esta a ser seguido de rumores segundo a qual mostra se disponível para aceitar a proposta de ser o futuro DG da Radio Nacional.
Luis Fernando passou nos últimos tempos, a ser visto como um DG sem poderes após ter denotado que a linha editorial do jornal recaia ao conselho de administração da empresa. O Jornal “O Pais” é o órgão de comunicação da Media Nova que mais denota ter uma linha editorial indefinida sem distanciamento ao gosto que faz ao regime. Os textos com realce ao de política são remetidos a observação do conselho de administração. Foi notado que a inclinação ao regime acentuou-se nas ultimas semanas pelas seguintes observações:
- Não publicação de textos relacionados a soltura de Fernando Miala que esta em desfeita com o regime. Na véspera em que se alegava a soltura do mesmo, um jornalista viu rejeitado a publicação do seu trabalho/texto.
- Flutuação com certo gosto a matérias relacionadas a UNITA com realce as menos boas. Recentemente foi publico um texto com titulo “A hora de Abel Chivukuvuku” na qual deu azo a interpretações subjetivas segundo o qual o político da UNITA estava “também” a ser instigado por um jornal pertencente ao elenco do circulo Presidencial (Kopelipa e Vaz da Conceição) para avançar com uma candidatura independente a Presidência da Republica.
Quem é Quem: Luis Fernando
Formou-se em jornalismo pela Universidade de Havana em Cuba, logo após o seu regresso foi colocado como director de informação da RNA. Foi como DG do Jornal de Angola que lhe permitiu construir uma importante rede de influencias que antes do seu afastamento chegou a ser considerado o mais proeminente “empresário” do circulo da comunicação.
Dedica-se a escrita tornando-se num dos escritores de referencia no país (Autor dos livros "90 palavras", "A saúde do Morto" e "João Kyomba em Nova York", "Clandestinos no Paraíso"). Jovens em Luanda dedicados a esta arte tem lhe como inspiração cujo manifesto é expresso publicamente.
Nasceu na província do Uíge no inicio da década de 60. Tem por eleição a sua Aldeia, Tomessa na qual percorre de carro a partir de Luanda tendo ganho o gosto pelo mundo verde. No campo profissional ou das relações humanas é tido como alguém que “ajuda”. Não há registo de queixas a seu respeito exceptuando rumores ainda hoje vindo do Jornal de Angola apontam o faro da privatização daquela empresa publica.
Esta também ligado ao associativismo relacionado ao “bem estar”. Lidera uma associação de portadores de anemia falciforme. Foi por esta via que em princípios do ano percorreu pela África do norte (Benin) tendo mantido contacto com um reputado medico. Uma recepção com o embaixador angolano na Nigéria seria, por si, impensável.
Fonte: Club-k.net