Cabinda - As autoridades angolanas soltaram, sexat feira (17h20) da prisão militar do Iabi, em Cabinda, a poucos dias,  o jornalista Fernando Lelo que tivera sido condenado a 12 anos de cadeia  sob alegação de ter atentado contra a Segurança de Estado, (com ele foram condenados mais 5 arguidos condenados a 13 anos de prisão cada).  A libertação do mesmo deveu-se a uma apreciação interna que averiguou que a mesma resultou de excessos dos serviços de segurança na província.

Regime quer garantias de que 
ele  não vá processar o Estado

ImageHá cerca de dois meses os juízes tinham sido postos ocorrentes das irregularidades que levaram a detenção do mesmo mas entretanto a sua libertação ficou remetida a garantias e analises na qual o regime pretendia avaliar  se em  caso de soltura, o  mesmo não instaria processo de indiminização  ao que equivaleria com que as  autoridades assumissem  a sua falha em terem prendido.

Correntes próximas a círculos judiciais  estão mobilizadas a convencer Lelo e aos seus advogados para descartarem investiduras desta natureza, de contrario será posto na cadeia sob alegação fomentada.

Fernando Lelo tinha sido preso em 15 de Novembro de 2007, no seu local de trabalho em Cabinda, de forma  ilegal/clandestina e compulsivamente transferido para a cadeia militar de S. Paulo em Luanda. Em 31 de Março do presente ano foi transferido para Cabinda. 

O julgamento atribulado a que o seu caso foi submetido não provou nenhuma das acusações proferidas pelo Ministério Público, nomeadamente, o seu apoio em logística, em dinheiro (500 usd) e em apoio moral à guerrilha, uma vez que foi demonstrado ao Tribunal clara evidência de que o dia em que os factos relatados ocorreram, o mesmo se encontrava a trabalhar, havendo registo mecanográfico da sua presença no local de serviço. Não consta que o presidiário tenha o dom da ubiquidade (existência dupla). De igual modo os co-réus não confirmaram conhecer o jornalista Fernando Lelo com quem alegadamente teriam  cometido o mesmo delito.

Fernando Lelo, foi um antigo colaborador da Voz da America. Fez parte no passado de um grupo próximo a Flec- Renovada nos Congos mas foi em Cabinda após o memorando de Cabinda que rejeitou uma proposta de Bento Bembé para aderir ao grupo. Em retaliação, a sua vida conheceu contornos amargos dentre os quais o julgamento em tribunal militar (o mesmo era civil e não tinha de ser julgado numa instituição para militares). Varias correntes da sociedade bateram se contra a sua soltura com realce a Ex FpD de  Filomeno Vieira Lopes que considerou-o que se estava diante a um preso de consciência.

Fonte: Club-k.net