Luanda - Numa acção consertada com o Sr. Aldemiro Vaz da Conceição, no dia 25 de Fevereiro de 2012, desloquei-me à Portugal para junto do Banco Central de Luxemburgo em Luxemburgo esclarecer e desmistificar, uma denúncia relacionada com uma determinada conta bancária em nome do Presidente José Eduardo dos Santos, que agitava a sociedade Nacional e Internacional, que ameaçavam a harmonia durante as eleições gerais que se avizinhavam.

Fonte: Facebook

Cheguei em Lisboa na madrugada do dia 26, e neste mesmo dia em companhia de dois jornalista de destacados órgãos de imprensa Portuguesa nos deslocamos à Bruxelas, onde nos juntamos a mais dois que já se encontravam em companhia do meu intermediário (Lobby).


Depois de concertados os detalhes da operação, telefonei para o Aldemiro da Conceição pedindo que me enviasse com a maior urgência possível a quantia de US$ 150.000 como havíamos acordado, mas me atendeu dizendo que se encontrava com o filho em tratamento médico em Singapura, e achava exorbitante essa quantia, pelo que seria melhor desistir.


Isto deixou-me numa situação muito embaraçosa, pois só me foi entregue à partida a quantia de US$ 5.000 para despesas de acomodação, ficando acordado que me seria enviado a posterior, tudo o que fosse necessário.


Como acreditar em alguém, que vem resolver uma questão em nome de um Presidente da República, envolvido num escândalo de corrupção, envolvendo milhões de Dólares, mas sem capacidade de custear uma simples refeição e estadia?


Concertei com meu irmão (falecido no ano passado) para me enviar, através de uma amiga assistente de bordo da TAAG, os US$ 50.000 que estavam a sua guarda, que eram destinados ao pagamento de uma dívida com a EDEL relacionados com o consumo de um PT, situação que me foi criada pela incompetência da ENE/EDEL, e no dia seguinte, depois de ter simulado um mau estar físico devido a diabetes que me assola a mais de 20 anos, desloquei-me de comboio à Paris onde me foi entregue o respectivo valor.


De regresso novamente à Bruxelas, demonstrei não estar em condições físicas para prosseguir, pois ainda teríamos de ir até Luxemburgo de carro, e manifestei a minha desistência pagando uma compensação de US$ 10 mil a cada um pelas suas deslocações.


Regressei à Luanda no dia 01/03/12, onde concertei e dei seguimento ao caso com alguns amigos, que culminou com um resultado positivo, que mereceu aos 17 de Setembro o elogio do próprio Aldemiro, que como gratificação ofereceu-me uma viatura e fez- me a promessa de um emprego, numa área a minha escolha, o que não cumpriu como lhe é característico.


Sobre a devolução dos 50 mil por mim investidos, o Aldemiro pediu-me para endereçar-lhe uma carta como se estivesse a pedir uma ajuda, mas sem mencionar este facto, para serem restituídos numa ou em duas parcelas, o que fiz, dando entrada no Guiché da secretaria do Palácio, como consta copia que anexo.

À partir desta data, o Aldemiro se furtou ao diálogo e deixou de atender às minhas ligações.

Todos os meios para restabelecer as negociações não surtiram qualquer efeito, até que no passado dia 29 de Abril, depois de eu ter enviado pare ele, com cópias a outra entidades que de certeza algum deles lhe chamou a razão, foi que ele se dignou a telefonar para mim com faltas de respeito, que a ninguém admito.


Convidei-o a levar o assunto ao Presidente JES, porque não acredito que esta acção tivesse sido desenvolvida sem o seu conhecimento e aprovação, ou a Procuradoria para me responsabilizar por tentativa de extorsão como me acusou, mas por cobardia ou mau carácter e falta de educação talvez, não teve a ousadia de o fazer.


Todas as forma pacíficas e urbanas foram desencadeadas para se evitar escândalos públicos, incluindo o pedido de certas individualidades que tenho feito um enorme esforço de acatar, uma vez que está em causa o bom nome e a reputação do Engº José Eduardo dos Santos, mas nada tem surtido efeito.


Como a paciência não é elástica, e porque esta situação já começa a pôr em causa o meu estado de saúde, bem como a minha estabilidade familiar, decido levar ao conhecimento público, para também evitar um possível assassinato como lhes tem sido habitual.


Luanda 22 de Setembro de 2018

Francisco Guedes