Lisboa - O ministério da Defesa Nacional (MINDE) chumbou um pedido de exigências do antigo chefe do serviço de segurança e inteligência militar, Antônio José Maria na qual este militar invoca serem seus direitos na qualidade de oficial general na reforma. Da lista das exigências, consta, a emissão de bilhetes de passagens e a cobertura regular da manutenção das suas viaturas na Toyota de Angola.

Fonte: Club-k.net

Ministerio da Defesa chumbou-lhe  pedido de bilhete de viagem

Antônio José Maria, fez uma exposição a solicitar ao Estado Maior General das FAA (EMGFAA) e MINDE para que autorizassem a requisição de manutenção (revisão periódica) na Toyota de Angola, de 15 viaturas que alega fazerem parte da sua frota privada. (Dez Toyotas Land Cruiser V8; e cinco Lexus LX 570 Super Sport modelo 2017).

 

Na exposição, o ex-Chefe do SISM alega serem as viaturas que teve direito ao passar a reforma tendo também exigido o abastecimento em combustível justificando que desde sempre teve direito ao subsídio de combustível que agora o Estado tem estado a retirar gradualmente aos militares.

 

Zé Maria solicitou também a manutenção do passaporte diplomático, e a compra de bilhetes de passagem em primeira classe da rota Luanda – Lisboa – Washington, para si e para a família (esposa e um filho menor de idade).

 

Na resposta que lhe foi dada, segundo apurou o Club-K, as autoridades angolanas fizeram lhe saber que “o despacho foi negado por falta de verbas, inclusive para pedidos de generais no activo.”

 

Antônio José Maria foi durante muitos anos o patrão da secreta militar e defensor acérrimo da manutenção ao poder do antigo Presidente José Eduardo dos Santos. Em 2006, consagrou-se junto com o general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, no complot contra o general Fernando Garcia Miala. Foi também o arquitecto, da detenção de 15 jovens ativistas a quem o ex-PGR, João Maria de Sousa deu seguimento ao assunto acusando-os de planear golpe de estado e suposto assassinato contra Eduardo dos Santos.

 

Foi dos generais que se opôs pela saída de Eduardo dos Santos do poder. Presentemente tem estado a trabalhar na sede da FESA, compilando um livro que apresenta JES como comandante da Batalha do Cuito Cuanavale e como a personagem no mundo que supostamente libertou Nelson Mandela das garras do apartheid, na África do Sul.